O incêndio que destrói a Serra da Moeda há seis dias foi controlado no início da tarde desta quarta-feira (16) e não há mais risco para residências no entorno da área de preservação. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas chegaram a atingir a zona rural do município de Belo Vale, na região Central de Minas Gerais, nesta manhã. Entretanto, após operação em três dos focos restantes do incêndio, a queimada está extinta e não há mais risco aparente.
Militares, no entanto, vão permanecer no entorno da área queimada no decorrer do dia para evitar o reinício do incêndio. Até essa segunda-feira (14), a queimada tinha destruído 4.200 hectares da Serra da Moeda, sendo mil destes apenas no Parque Monumento Natural – o que corresponde à metade da área de preservação. De lá para cá, ainda não há atualização sobre a área total devastada pelas chamas.
Segundo o capitão Fabrício Eduardo Dalfior do Corpo de Bombeiros, nessa terça-feira (15) as equipes conseguiram controlar um de três focos ativos, sendo que os restantes foram deixados para a operação desta quarta-feira. “Hoje (quarta-feira, 16) pela manhã começamos o monitoramento por via terrestre com a utilização de um drone e descobrimos que as chamas ativas desses dois focos foram extintas. Continuamos o monitoramento na área de Belo Vale por segurança, uma vez que no início da tarde, com o aumento das temperaturas, pode ocorrer alguma reignição”, detalha o militar. Vinte e quatro bombeiros estão de prontidão na Serra da Moeda para garantir um combate rápido caso seja necessário.
As chamas que destruíram o Parque Monumento Natural começaram na tarde de sexta-feira (11) e àquele primeiro dia, brigadistas da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) contratados pela mineradora Gerdau e voluntários se ocuparam do combate à queimada. Entretanto, tornou-se necessária a presença do Corpo de Bombeiros logo no sábado (12) pela manhã. Os militares combateram o incêndio por cinco dias seguidos com o apoio de um helicóptero da Polícia Militar (PM) e dois aviões air-tractor responsáveis pelo lançamento de água em áreas críticas.
Segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), o combate às chamas na sexta-feira demorou apenas sete minutos para começar. Contudo, este curto período de tempo bastou para que as fagulhas se espalhassem por espaços onde o relevo é acidentado, o que dificulta a operação. O incêndio se espalhou por inúmeros trechos da Serra da Moeda, afetando principalmente moradores que vivem em seu entorno nos municípios de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Belo Vale. A área de preservação também estende-se por Ouro Preto e Itabirito, na região Central de Minas Gerais.