Atenção

Incidência da Covid sobe 32% em BH e reacende alerta com o tempo frio

O aumento já era esperado pelos infectologistas com a chegada do frio aliada ao relaxamento no uso de máscaras

Por José Vítor Camilo
Publicado em 17 de maio de 2022 | 20:19
 
 
 
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Em sete dias, a incidência da Covid-19 acumulada por 100 mil habitantes apresentou um aumento 32,3% em Belo Horizonte. A alta, que já era esperada por infectologistas com a chegada do frio e o relaxamento do uso das máscaras, reacende o alerta principalmente para aqueles que ainda não se vacinaram. 

Segundo o boletim epidemiológico divulgado, nesta terça-feira (17), pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o índice passou de 34,1 casos acumulados por 100 mil habitantes, no dia 8 de maio, para 45,1 no último domingo (15). No primeiro dia de maio, o número estava em 28,5. 

De acordo com o infectologista Leandro Curi, essa tendência vem sendo observada nos últimos dias e já era, de certa forma, esperada com a chegada dos dias de frio na capital mineira, além da maior circulação dos vírus respiratórios. 

"Isso tudo, aliado ao abandono por completo do uso das máscaras, já era de se esperar que ocorresse este aumento. Acho importante lembrar que a Ômicron já tem subvariantes, que podem reinfectar as pessos sem gerar imunidade", destaca o especialista. 

Apesar de a população já estar cansada da pandemia, é importante lembrar que o novo coronavírus segue circulando e que as recomendações seguem as mesmas: como o uso de máscaras e vacinação com todas as doses disponíveis, o que pode reduzir as chances de se contamiar e precisar de atendimento médico. 

"Estamos em uma fase do ano que outras doenças virão jutamente como a gripe, os resfriados e a exacerbação da asma, bronquite e rinites. Este é também o momento em que as crianças se contaminam mais. Alguns locais, fora de Minas e do Brasil, estão passando por fases mais sérias da pandemia, inclusive com a volta do uso da máscara em locais fechados", completa o infectologista. 

Idosos são principal preocupação 

O também infectologista Estevão Urbano destaca que o aumento na incidência é um sinal de alerta, principalmente para os idosos que, mesmo vacinados, apresentam um maior risco de apresentarem complicações pela doença. 

"Estamos aguardando para ver qual será a dimensão disso, se ficará restrito a casos leves ou se terá impacto na internação, o que dependerá muito da ação da vacina. O certo é que estamos tendo um repique do vírus, por todas as medidas de liberação tomadas, e estamos torcendo para que isso não exploda", argumenta o especialista.

Ainda segundo Urbano, é importante que as pessoas mantenham os cuidados, usando máscara principalmente em locais fechados e aglomerações. "Aqueles que tiverem quaisquer sintomas, não devem sair de casa e procurar fazer exames para documentar se estão ou não infectados", orienta.

Atualizada às 21h21

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