Saúde

Justiça ordena suspensão da greve de trabalhadores da Fhemig

Desembargador considerou ilegal a paralisação de profissionais da saúde de hospitais públicos em Minas Gerais

Por O Tempo
Publicado em 05 de fevereiro de 2022 | 20:21
 
 
 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido do Governo de Minas e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e declarou que a greve dos trabalhadores da saúde da Fhemig é ilegal. A decisão, assinada nesta sexta-feira (4), prevê multa de R$ 100 mil por cada dia de descumprimento.

A greve foi iniciada na quinta-feira (3) pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Auxiliar de Apoio da Saúde, Técnico Operacional da Saúde, Analista de Gestão e Assistência à Saúde (Sindpros) e pela Associação dos Trabalhadores em Hospitais do Estado de Minas Gerais (Asthemg). Entre outros pontos, os trabalhadores exigem reposição salarial e suspensão da privatização do Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, na Zona da Mata. 

O desembargador Wagner Wilson Ferreira, que assina a decisão do TJMG, questiona a legitimidade do Sindpros, que não possuiria registro sindical válido. “Para além da possível ilegitimidade, o comunicado enviado pelo sindicato não apontou o quantitativo mínimo de escala de pessoal, a se manter em atividade regular na greve, para manutenção do serviço essencial de saúde, notadamente em tempos de pandemia e pico de contaminação da Covid-19”, destaca o documento. 

De acordo com o Sindpros e a Asthemg, inicialmente trabalhadores dos hospitais João XXIII, Hospital Infantil João Paulo II, Eduardo de Menezes, Julia Kubistchek, Maternidade Odete Valadares, Alberto Cavalcanti e Raul Soares aderiram à greve. A reportagem procurou as entidades para questionar se elas foram notificados sobre a decisão e se manterão a greve e aguarda retorno. Por ora, os movimentos chamam uma manifestação para a manhã de segunda-feira (7), em frente ao Hospital João XXIII, no Centro de Belo Horizonte. 

O governo de Minas e a Fhemig também foram procurados para esclarecer qual é o atual impacto da greve sobre os hospitais do Estado. 

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