A fachada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi tomada por placas que pedem por justiça no dia do julgamento do promotor André de Pinho, acusado de ter dopado e asfixiado até a morte a ex-esposa Lorenza Maria Silva de Pinho. Mas não há um consenso, as mensagens desejam justiça tanto à Lorenza e demais mulheres vítimas de violência, quanto ao acusado.
Logo em frente a entrada do Tribunal, duas faixas destoam. Em uma, está escrito "Por todas as Lorenzas. Não a impunidade". Logo abaixo, "Justiça por André. Pelos 5 filhos. Por quem realmente importa". Desde o início da investigação da morte de Lorenza, os filhos do casal se colocaram em defesa do pai, acreditando na sua inocência. Alguns relatos deles foram, inclusive, usados pela defesa.
Uma outra manifestação pede justiça por Lorenza. "Que todas as mulheres, não só hoje, mas todos os dias, sejam livres de qualquer violência e que não lhe sejam negados direitos a vida". O promotor André de Pinho é acusado de feminicídio, violência de gênero, o que levou o caso a ganhar a empatia de movimentos de mulheres.
Nesta manhã (29), a defesa e a acusação realizaram sustentações orais. Podem haver questões preliminares por parte dos desembargadores.
Só assim, inicia-se a votação. O primeiro a votar é o relator, seguido do revisor. O presidente da sessão não vota. Seguidos dos demais. Em caso de empate, prevalece o voto favorável ao réu. A previsão de encerramento da sessão é às 20h.