Coronavírus

Kalil: BH vai ter 13 barreiras sanitárias a partir da próxima semana

Fiscalização vai acontecer em carros e ônibus que entrarem na capital mineira, inclusive com aferição de temperatura

Por Lucas Morais, Léo Simonini e Paula Coura
Publicado em 11 de maio de 2020 | 13:59
 
 
 
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Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (11), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, reforçou que não quer fechar a cidade, mas que vai implantar, a partir da próxima semana, 13 barreiras sanitárias na capital mineira.

“A partir da semana que vem, Belo Horizonte contará com 13 barreiras sanitárias. Isso quer dizer que, para entrar na cidade de Belo Horizonte, em colaboração com a BHTrans, a Polícia Militar de Minas Gerais, a Guarda Municipal e a Secretaria Municipal de Saúde, os ônibus e carros serão parados nas entradas de Belo Horizonte para verificação sanitária”, disse Kalil.

Sobre os locais das barreiras, Kalil deixou Célio Bouzada, presidente da BHTrans responder. 

“Estamos elaborando o croqui de cada entrada. Vamos divulgar todos os pontos, mas a avenida Civilização, de Ribeirão das Neves, é um exemplo. Passamos o fim de semana visitando esses locais para que possamos fazer algo efetivo, todos (da imprensa) receberão esse mapa, até para informar a população”, explicou Bouzada.

Já o secretário de Saúde, Jackson Pinto, falou da efetividade desse trabalho do ponto de vista clínico e afirmou que as fiscalizações começam assim que os equipamentos estiverem disponíveis.

“Estamos na dependência da chegada dos termômetros infravermelhos. O início (das barreiras) será quando eles chegarem. Essas barreiras sanitárias são a maneira que temos de ver quem são os contatos de quem está doente em Belo Horizonte, medindo a temperatura, com um questionário simples. (Os técnicos) vão observar se a pessoa precisa ir a um laboratório de doença respiratória ou não”, completou.

As barreiras sanitárias em BH

Carros e ônibus serão parados nos 13 principais pontos de acesso a Belo Horizonte

Fiscalização
Agentes da BHTrans, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Saúde, além da Polícia Militar, vão fazer as abordagens das pessoas que entram na capital mineira

Aplicação de questionários
Além da medição das temperaturas, será aplicado um questionário simples sobre histórico de saúde das pessoas e eventuais contatos com pacientes suspeitos ou infectados pelo coronavírus

Quando vai começar?
O início das abordagens sanitárias depende da chegada dos termômetros infravermelhos

Objetivo da iniciativa
Não haverá restrição da circulação das pessoas, mas o objetivo da iniciativa é verificar quem teve contato com pessoas doentes e verificar se há necessidade de comparecer a um laboratório para a realização dos testes de doenças respiratórias

 

Os números do coronavírus em BH

De acordo com balanço divulgado hoje pela Secretaria Municipal de Saúde, já foram notificados 36.675 casos de coronavírus na cidade. Desse total, 979 foram confirmados e outros 1.842 descartados – ainda foram registradas 26 mortes pela doença na capital mineira. O boletim aponta também que 28 óbitos seguem em investigação.

A maior parte dos casos confirmados de coronavírus é de homens, na faixa etária entre 20 e 40 anos. Já as notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave, que inclui outras doenças como gripes e pneumonias, tiveram um aumento de quase 370% neste ano em Belo Horizonte, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2019, foram 587 casos, contra 2.168 em 2020.

Comércio e camelôs

O prefeito também explicou que, em relação à flexibilização do comércio, até o momento, estudos técnicos embasaram que isso pode, de fato, acontecer no próximo dia 25, conforme anunciado anteriormente.

“Mas, se continuar a flexibilização, a desorganização e a desobediência, nós vamos mudar a data, como todos os governadores e prefeitos que já flexibilizaram”, pontuou Kalil.

Ele ainda disse que a população tem se portado bem, até o momento, usando máscaras. “E volto a repetir: toda vez que a gente vê uma pessoa sem máscara é só pensar que ele não passa de um bobo, que só pensa nele, tal como as pessoas que saem para caminhar. É um egoísta, um idiota, não posso falar o que penso sobre esse tipo de pessoa porque seria censurado”, completou o prefeito da capital.

Já em relação aos camelôs, Alexandre Kalil enfatizou que toda a fiscalização da Secretaria Municipal de Política Urbana voltará às ruas da capital mineira para impedir o retorno desordenado dos camelôs nas vias públicas. "Estarão de volta com força total. Salientamento que os deficientes, conforme prevê a lei, poderão continuar com o seu trabalho normal", finaliza.

Leia mais: ‘Não se assustem se BH for a primeira cidade a ser trancada’, diz prefeito.

Confira a coletiva de Kalil abaixo:

 

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