Condenado a 12 anos de detenção por um homicídio ocorrido em 1998, um homem de 51 anos, que estava foragido da Justiça, foi preso nesta quarta-feira (27 de agosto) na cidade de Maravilhas, na região Central de Minas Gerais. A prisão ocorreu em uma ação conjunta entre os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG) e de São Paulo (MPSP). 

A operação, batizada de "Ipso Facto", buscava o suspeito de cometer o crime registrado 27 anos atrás na cidade de Carapicuíba, no interior paulista. A prisão, que também contoyu com participação da inteligência da Polícia Militar (PM), só foi possível, de acordo com o MPMG, graças ao Cyber Gaeco, divisão especializada em investigações digitais do órgão do Estado vizinho. 

O grupo conseguiu identificar o possível paradeiro do foragido no interior mineiro. A partir dessas informações, buscaram o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), do MPMG, para o cumprimento do mandado de prisão. 

“Esta operação demonstra a efetividade da integração entre o Gaeciber e CyberGaeco e evidencia a importância da articulação entre os Ministérios Públicos para garantir a efetividade da prestação jurisdicional, demonstrando como as técnicas modernas de investigação digital podem ser aplicadas para dar cumprimento a decisões judiciais mesmo em casos antigos”, disse o promotor André Salles Dias Pinto, coordenador do Gaeciber.

O nome "Ipso Facto" — expressão em latim que significa "em virtude do próprio fato" — foi escolhido para batizar a operação devido à "inevitabilidade da realização da Justiça", incluindo casos em que o suspeito foge para outros Estados. 

Mandado foi emitido em 2024

Apesar do assassinato ter sido registrado há quase três décadas, quando o homem preso tinha cerca de 24 anos, de acordo com o MPMG, o mandado de prisão só foi expedido em junho de 2024, após a condenação no Tribunal do Júri de Carapicuíba. 

Após a fuga do homem, da cidade paulista, as buscas das autoridades foram insuficientes para localizá-lo, sendo necessário o envolvimento da promotoria. Agora, o preso segue à disposição da Justiça para o cumprimento da pena.