Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (11), o prefeito Alexandre Kalil disse que não quer trancar Belo Horizonte devido ao coronavírus, mas que fará isso caso haja um aumento descontrolado dos casos de Covid-19 na cidade — o lockdown já chegou a 18 cidades brasileiras, em cinco Estados, devido à explosão de casos e mortes provocadas pela doença. Ele também disse que uma das medidas de enfrentamento do coronavírus na capital será implantação de 13 barreiras sanitárias (leia mais aqui).

“Volto a falar: fiquem em casa. Depende de nós. Eu não quero trancar essa cidade. A população de Belo Horizonte já tem três anos e meio que me conhece, não espantem se Belo Horizonte for a primeira cidade a ser trancada", disse. O prefeito também lembrou que a flexibilização do isolamento social, previsto para começar no dia 25 de maio, depende exclusivamente do comportamento da população e da evolução dos números da pandemia.

"Podemos ser a primeira cidade do país a sair desse imbróglio, ou podemos mudar a data do dia 25 de maio. Até agora, em estudos minuciosos dos cientistas, nós ainda conseguimos manter. Mas se continuar a flexibilização, a desorganização e a desobediência, nós vamos mudar a data como todos os governadores e prefeitos que flexibilizaram fora da hora tiveram que voltar a atrás. E não vamos fazer isso, vamos flexibilizar na hora certa”, afirmou.

Kalil ainda reforçou que a capital mineira foi a primeira a iniciar as medidas de restrição, que tiveram como resultado o adiamento do pico de contaminados pela doença – agora, previsto para 8 de junho em Minas Gerais.

"Houve um sacrifício muito maior do povo belohorizontino, que é o um povo mais disciplinado mesmo, mais responsável mesmo. Isso aqui não é uma cidade que todo mundo respeitou e é isso por isso que estamos minimamente garantidos até agora, mas amanhã eu não sei. Então o dia 25 está na mão do povo, que vai determinar a abertura de Belo Horizonte ou o lockdown", comentou. 

Pacientes de outros Estados

Segundo o chefe do Executivo municipal, a capital mineira está sendo uma grande importadora de casos de coronavírus vindos de São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Espírito Santo – pacientes com a doença que buscam atendimento médico na capital mineira. 

“É importante que a imprensa saiba que BH está se tornando um importador de doentes”, disse Kalil, explicando que é o povo que vai determinar a reabertura ou não das atividades econômicas. 

Segundo o prefeito da capital mineira, ele também não vai “arredar o pé” em nenhuma medida já tomada em relação ao enfrentamento da pandemia na cidade. 

“Não vou arredar o pé de nada. Confio no povo de BH, haja vista a adesão de máscaras”, afirmou Kalil. 

Veja abaixo a entrevista de Kalil à imprensa:

 

 

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