A impressão do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), é de que o primeiro dia de reaberturas na capital foi de tranquilidade, embora as ruas estivessem cheias na manhã desta quinta-feira (6) no centro da cidade. Segundo ele, o movimento maior já era esperado. "É claro que é o primeiro dia, vai ter aglomeração e tudo, aí a gente tem que avaliar depois os números, mas a princípio nós temos números em queda", considerou em uma conversa com O Tempo.

Para o chefe do executivo municipal, a retomada às vésperas do Dia dos Pais também contribui para que as pessoas saiam mais às compras, no entanto, de uma forma geral, ele avalia que o saldo foi positivo. "Pelo que eu vi aqui na rua, o povo não está aglomerando, não tem multidão em loja, os shoppings de mais alto luxo estão vazios, então agora é esperar", concluiu.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), avalia que a retomada teve um saldo positivo. "Esses três dias vão ajudar reduzir um pouco as perdas. A nossa previsão de redução de faturamento antes era de 30% a 40%, e agora a gente acha que vai ficar num patamar de 20% a 25%", comemorou.

Agora, com a reabertura permitida, a CDL-BH está solicitando junto à prefeitura que as lojas também possam funcionar aos sábados além deste, já que o decreto prevê que o comércio varejista em geral só possa abrir as portas de quarta a sexta-feira a partir da próxima semana. "Estamos sugerindo que funcione de 9h às 13h, porque quem conhece o comércio sabe que é o melhor dia de venda", justifica.

Kalil anunciou na terça-feira (4) a autorização para a reabertura do comércio varejista não essencial de Belo Horizonte. Segundo explicou, ao lado do secretário de Saúde, Jackson Machado, e dos infectologistas membros do comitê de enfrentamento à Covid-19 da capital, a velocidade de transmissão da doença está em queda, além de a demanda por leitos de terapia intensiva ter diminuído nos últimos dias.