Depoimento

Kalil: ‘Eu não quero ser o prefeito coveiro; nós vamos nos recuperar’

‘O que eu estou assistindo no meu país é coisa de filme de terror’, disse o prefeito de Belo Horizonte em breve transmissão em seu perfil no Twitter

Por Aline Gonçalves
Publicado em 28 de abril de 2020 | 14:23
 
 
 
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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), fez uma live em seu perfil no Twitter, na tarde desta terça-feira (28), para comentar algumas medidas no enfrentamento do novo coronavírus na cidade.

No breve pronunciamento, Kalil comentou pontos que os internautas levantaram em seu perfil. Respondeu, por exemplo, a respeito de cestas básicas e escolares. “Eu já autorizei os escolares a receberem a cesta básica e também os suplementares”, declarou.

Ao falar sobre as mortes causadas pela Covid-19, Kalil elevou o tom no discurso: “Eu fico horrorizado quando acordo de manhã e vejo Estados importando avião de caixão, porque os caixões acabaram. Eu fico horrorizado com a falta de sensibilidade humana de ver covas rasas. A prefeitura de São Paulo está encomendado saco plástico reforçado para pôr cadáver, e eu não quero fazer isso, eu não vou fazer isso. Isso não é ditadura, não é gracinha, eu não quero ser o prefeito coveiro. Nós vamos nos recuperar de tudo isso”, desabafou.  

O prefeito ainda previu que hospitais podem, em breve, ficarem lotados. “Pra vocês terem ideia, estamos liberando 1.900 covas dos cemitérios. Estamos nos preparando”, declarou. 

Kalil voltou a dizer que não deseja manter medidas restritivas ao comércio em Belo Horizonte, mas que isso se faz necessário pelo momento (leia mais aqui). “O que poucos sabem é que há um grupo, muito competente, do qual eu não faço parte, que monitora diariamente a situação de Belo Horizonte, com técnica, matemática, saúde, estatística e probabilidade, e é com isso que estamos trabalhando”, comentou. “Eu estou horrorizado de gente que simplesmente diz: ‘Nós temos condições de abrir o comércio’. Baseados em quê? No que estamos assistindo no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Ceará, no Amazonas, em Pernambuco?”, questionou, completando: “A pandemia vem pra Belo Horizonte, gente”. 

Veja o pronunciamento na íntegra:

 

 

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