Covid-19

Kalil faz alerta à população de BH: 'cartãozinho de plano de saúde não é vacina'

'Aconselho a todos esses que acham que cartão de plano de saúde é vacina, que consultem os seus hospitais particulares para ver a situação. Estão, hoje, estrangulados', ponderou

Por Da redação
Publicado em 18 de dezembro de 2020 | 11:09
 
 
 
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"Cartãozinho de plano de saúde não é vacina", criticou o prefeito Alexandre Kalil (PSD), em coletiva de imprensa nexta sexta-feira (18). No momento, ele discursava contra pessoas de classes sociais mais abastadas que, conforme entende, não perceberam que "a doença está chegando perto". 

"Aconselho a todos esses, que acham que cartão de plano de saúde é vacina, que consultem os seus hospitais particulares, para ver a situação. Estão hoje estrangulados, diferentemente do setor público, que está também em uma situação difícil, mas não estão fechando portas de hospitais como o setor privado está fazendo", disse.

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Ele criticou o que chamou de falta de preparo do sistema suplementar de saúde em Belo Horizonte. "Não suspenderam eletivas, não se prepararam, e agora não podem atender ao povo que paga. O povo que paga plano de saúde e tem caminhonete de cabine dupla, que consulte o hospital para ver se tem onde internar. A doença está chegando perto. Estão reclamando, entrando na Justiça, querendo que abre", disse.

Ocupação no sistema privado triplicou em pouco mais de dois meses

Entre 31 de outubro e esse domingo (13), a taxa de ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19 na rede privada em Belo Horizonte triplicou – indo de 27% a 77,9%. O número de centros de tratamento disponíveis aumentou em 14, de 266 em outubro para 280 em dezembro, mas a quantidade de pacientes internados saltou de 73 para 218. 

No sistema público, porém, não houve pressão equivalente nos leitos. No mesmo período, a taxa de ocupação no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital variou entre 45% e 64,3% e, o número de internados, foi de 132 para 191.

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