A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou neste domingo (12) que os peritos do Instituto de Criminalística realizaram análises de amostras da cerveja Belorizontina, produzida pela Cervejaria Backer, durante todo o sábado (11) e o laudo deve ficar pronto nos próximos dias. A bebida é suspeita de conter a substância dietilenoglicol, que pode ter causado uma síndrome nefroneural, que culminou na morte de uma pessoa em Minas Gerais. Outras 10 estão sob suspeita de estarem com a mesma doença.
Segundo o órgão, também estão sendo realizados exames no material que foi recolhido na Backer durante uma perícia feita na última quinta-feira (9) na fábrica da empresa, que fica no bairro Olhos D'Água, região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Conforme divulgado anteriormente, as amostras de sangue de três pacientes internados apresentaram a substância tóxica, a mesma identificada em três amostras da cerveja.
A PCMG ainda ressaltou que desde o momento em que tomou conhecimento de que as pessoas que desenvolveram a síndrome nefroneural podem ter sido contaminadas após ingerir a cervaja Belorizontina, foram tomadas medidas preliminares, que não estavam relacionadas com a decisão de se instaurar um inquérito.
Entenda
Nas cervejas da marca Belorizontina, que é da cervejaria Backer, foram encontradas dietilenoglicol - substância anticongelante, de uso muito comum na indústria e altamente tóxica para ser humano.
A força-tarefa da Polícia Civil criada para investigar os pacientes suspeitos de terem contraído uma "doença misteriosa" em Belo Horizonte informou nessa sexta-feira (10) que aumentou para 10 o número de possíveis casos, e uma morte.
A vítima fatal é o bancário Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, morador de Ubá, na Zona da Mata. Segundo familiares, ele e um genro ingeriram a Belorizontina no bairro Buritis, região Oeste, no fim de dezembro. Esse genro de 37 anos também está internado com a doença.
A Backer informou que continua colaborando com as autoridades, e que tem todo interesse em esclarecer os fatos. Ela também afirmou que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produto.