Motoristas insistem em desrespeitar as placas de estacionamento proibido espalhadas em Belo Horizonte. Flagrantes são comuns, principalmente em regiões mais movimentadas, onde a disponibilidade de vagas é menor. Diversos motoristas foram vistos cometendo a infração em três bairros com grande fluxo de veículos, percorridos pela reportagem de O TEMPO ontem.
No Santo Agostinho, na região Centro-Sul, as infrações estão concentradas na rua Rodrigues Caldas, via com grande fluxo de automóveis devido à proximidade com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na região, os motoristas disputam, inclusive, as vagas proibidas, mesmo estando sujeitos à multa de R$ 127,69 e a perda de cinco pontos na carteira por estacionarem em local ou horário proibidos.
Uma psicóloga de 31 anos que solicitou anonimato confirmou que a infração é comum na região. “Eu mesma faço isso sempre, mas quando preciso recorrer a um serviço rápido, como pagar uma conta no banco. É mais barato do que pagar estacionamento, que custa mais de R$ 15 a hora”, afirma.
Ela garante que vai continuar se arriscando. “Já fui multada duas vezes por estacionar em local proibido no Lourdes e no centro. É um risco, mas acho absurdo pagar um estacionamento tão caro”, declarou.
As mesmas infrações foram flagradas na rua Pouso Alegre e na avenida Silviano Brandão, no Floresta, na região Leste da capital, e também na rua Dom Joaquim Silvério, no bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste, três vias movimentadas. Como os motoristas flagrados sabiam que descumpriram uma regra de trânsito, não quiseram conceder entrevista.
Dados. De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), em 2009, último ano em que o órgão ainda era responsável pela aplicação de multas de trânsito, foram registradas 203.633 autuações por estacionamento irregular.
A Secretaria de Estado de Defesa Social, responsável pelos dados do Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais, não disponibilizou números atualizados sobre aplicação de multas por estacionamento em local proibido na capital.
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