Macacos é tomada pelo clima de apreensão após alarme de barragem disparar

Moradores de Macacos, na região metropolitana de Belo Horizonte, dizem estar apreensivos pela falta de informação após o alarme de risco de rompimento da Barragem B3/B4, na noite deste sábado, 16, ter sido acionado. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos cinco pontos da cidade foram fechados, para evitar o trânsito de pessoas nas áreas que poderiam ser afetadas por um possível rompimento da barragem. 

Em um dos pontos, na região conhecida como centrinho, rota principal acesso para quem vem de Belo Horizonte, moradores se aglomeram nas calçadas e tentam voltar para casa para pegar pertences. Apesar disso, o acesso está bloqueado. 

“Eu ontem fui pra casa do meu sogro. Hoje nem pra casa dele eu posso ir, está tudo fechado. Estamos sem saber o que fazer. Não tem como ir pra casa, pegar uma roupa. É uma situação muito complicada”, disse o jardineiro Luiz José da Silva. 

Outro ponto que já preocupa os moradores é o turismo, principal atividade do distrito. “A vila vive muito de turismo. Do investimento que os moradores aqui fazem. Não tinha nenhuma informação, nenhum treinamento para onde correr, o que é que se deveria fazer”, afirmou o publicitário Tito Simões Neto. 

De acordo com a Defesa Civil, 93 pessoas foram cadastradas como desalojadas, após o alerta de risco de rompimento da Barragem B3/B4, em Macacos. Dessas, apenas 29 foram encaminhadas para o hotéis em Belo Horizonte. O restante preferiu se acomodar em casas de familiares. Ao todo, 37 famílias foram atingidas.