Mais de 30 escolas da rede particular de ensino de Belo Horizonte e região metropolitana estão com a rotina de aulas afetadas nesta terça-feira (5 de setembro). De acordo com o levantamento do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), mesmo que alguns colégios permaneçam abertos, com falta de professores, ao menos 20 mil alunos estão afetados. Uma assembleia vai decidir, na tarde desta terça (5), o início de uma greve a partir desta quarta (6 de setembro).
A paralisação é motivada por uma insatisfação dos professores da rede particular com as propostas dos donos das escolas relacionadas aos direitos da categoria. Os empregadores apresentaram proposta de redução de adicional por tempo de serviço; alteração da isonomia salarial e implantação de férias exclusivamente entre os dias 26 de dezembro e 24 de janeiro (com recesso entre 25 e 31 de janeiro, o que, conforme o Sinpro-MG, possibilitaria a convocação dos professores neste período).
Para a categoria de professores, as mudanças apresentadas “precarizam direitos históricos”. Em carta aberta aos pais e estudantes, o Sinpro-MG anunciou não ter alternativas se não a paralisação das atividades. “Queremos denunciar para toda a sociedade a enorme falta de valorização por parte dos empresários do setor educacional, que dizem reconhecer a importância e o valor do nosso trabalho, o que não passa de mera retórica”, denunciam.
Próximos passos
Às 15h desta terça-feira (5 de setembro), os professores das escolas particulares sindicalizados vão se reunir em mais uma rodada de negociações com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado de Minas Gerais (Sinepe-MG) para tentar um acordo amigável. Uma hora antes, a categoria fará um protesto na porta da sede do Sinepe-MG, no bairro Barro Preto.
Já às 17h ocorrerá uma nova assembleia no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que, dependendo do resultado da reunião anterior, vai decidir pela realização ou não de greve por tempo indeterminado dos professores de escolas particulares.
A reportagem entrou em contato com o Sinepe-MG. A matéria será atualizada com a resposta.