Todos os dias, das 8h30 às 13h30, a aposentada Dulce Cardoso Pereira, de 72 anos, vai ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no centro de Belo Horizonte, para cuidar dos gatos que vivem ali. Neste sábado (17), a idosa se deparou com mais um animal morto. De acordo com os protetores dos felinos, esse é o sétimo caso em menos de 15 dias.
“Na hora que eu entrei na portaria me falaram que tinha um gato morto perto de uma das entradas e outros dois na rua da Bahia. Eu apavorei quando vi. Ele estava machucado. Os outros dois gatos que me contaram eu não achei”, contou a dona de casa.
Segundo ela, os protetores não sabem o que está acontecendo para que os animais estejam morrendo. “Nós não podemos colocar as mãos, os funcionários do parque que pegam e entregam na administração. Não pode jogar no lixo, não pode fazer nada. Tem que passar por perícia. A gente sente falta dos gatos, ficamos abatidas e isso vai machucando a todas nós”, disse a idosa muito emocionada.
Na última semana, três felinos teriam sido envenenados e outros três esquartejados. Procurada na situação pela reportagem de O TEMPO, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente não informou o número de animais mortos no espaço.
Na próxima terça-feira (20) está prevista, às 19h30, uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte para tratar o tema.