O maior desafio de tecnologia do planeta, o Nasa Space Apps Challenge 2019, reuniu cerca de 300 pessoas na PUC Minas, em Belo Horizonte, durante quase 48 horas de competição, entre sexta-feira (18) e domingo (20). A competição internacional é realizada pela agência espacial norte-americana e aconteceu simultaneamente em 200 cidades de 75 países. No Brasil, além da capital mineira, outras 29 cidades receberam o evento. Na maratona de programação, os competidores deveriam criar soluções para 25 desafios reais propostos pela Nasa, relacionados a problemas que ainda estão distantes da realidade, mas que afetarão a sociedade no futuro.
De acordo com o organizador da competição em Belo Horizonte, Pedro Villaça de Almeida, o Nasa Space Apps Challenge é uma oportunidade para que os participantes pensem em inovação. “Normalmente, quando se participa de um maratona tecnológica de empresas, a viabilidade econômica e o retorno financeiro devem ser sempre levados em conta. Já esse é um evento de ciências, e a solução proposta, a criatividade e a pegada tecnológica é que pesam”, afirmou.
Entre os desafios propostos estavam a busca de soluções para conter incêndios, reduzir a poluição atmosférica, o aquecimento global e a poluição dos oceanos. Os competidores também tiveram que criar aplicativos que permitissem o acesso às tecnologias e dados da Nasa, e que fomentassem o interesse pela ciência e pela exploração espacial.
Avaliação
As cerca 50 equipes que participaram do evento foram formadas por aproximadamente cinco pessoas de diferentes cursos. Nessa primeira etapa, foram escolhidos os dois melhores times de cada cidade para avançarem na competição. Na próxima fase, os trabalhos do mundo todo serão avaliados por uma banca ainda mais exigente, composta por diplomatas dos Estados Unidos e pesquisadores da Nasa. Os quatro melhores do mundo terão a oportunidade de visitar, no ano que vem, o Nasa Kennedy Space Center, sede da agência espacial nos Estados Unidos.
Vilaça está otimista. Em 2017, uma equipe de brasileiros chegou à etapa final e conquistou o direito de viajar aos EUA. “A criatividade é algo que nós brasileiros temos, e é justamente isso que a Nasa busca: as ideias fora da caixa” afirmou.
Números
Participantes
Na etapa de Belo Horizonte, foram mais de 1.000 pessoas inscritas, das quais 300 foram selecionados para a maratona tecnológica. No percurso, após algumas desistências, restaram 28 equipes para a primeira avaliação.
Evento
A competição realizada na PUC é considerada um “hackathon”. O termo une as palavras em inglês “hack”, que significa uma programação de alto nível e “marathon”, que quer dizer justamente maratona.
Apoio
Estrutura. Ao longo da competição, os participantes contaram com ginásticas, tenda de café e profissionais de matemática, física, fisioterapia, educação física e comunicação para ajudar na elaboração des seus projetos.