Região da Pampulha

Médica leva 'voadora' de instrutor de autoescola durante roubo em BH

Caso aconteceu em uma clínica credenciada ao Detran no bairro Itapoã

Por Carolina Caetano
Publicado em 13 de fevereiro de 2019 | 08:30
 
 
 
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Dois homens foram presos suspeitos de participação em um roubo a uma clínica credenciada ao Detran no bairro Itapoã, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, nessa segunda-feira (12). Um dos autores do crime é um instrutor de autoescola e, durante a ação, uma médica de 58 anos foi agredida com uma "voadora".

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, além da médica, uma recepcionista do estabelecimento, localizado na rua Monte Castelo, estava no local. A mulher de 26 anos contou aos policiais que Warlley da Silva Souza, de 32, e Warlley Ferreira de Souza, 31, chegaram se passando por clientes na clínica, que oferece exames médicos e psicológicos.

Um dos ladrões ficou na recepção enquanto o outro foi para a porta da sala de exame e apontou uma arma para a médica, ordenando que ela não fizesse nada e passasse todos os pertences. Nesse momento, a vítima gritou que era um assalto, na tentativa de pedir socorro, e o criminoso que estava na recepção foi correndo até o outro cômodo, onde deu a "voadora" fazendo com que a profissional caísse no chão.

Logo depois, a dupla pegou dinheiro e pertences e fugiu em um Uno que estava plotado com adesivos de uma auto-escola também da região da Pampulha. Militares conseguiram chegar até o endereço dela e descobriram o nome do instrutor que utilizava o carro. Warlley da Silva foi localizado em casa, no bairro Guarani, região Norte da capital.

Ele, que usa tornozeleira eletrônica, confessou o crime e disse que há algumas semana foi acusado por funcionárias da clínica pelo furto de um celular. Com raiva, ele resolveu dar um "susto" nas mulheres. O equipamento estava enrolado em um papel alumínio.

Para cometer o crime, ele chamou um ex-aluno, Warlley Ferreira, e um terceiro homem, que não foi localizado. O instrutor levou a polícia até a casa do ex-aluno, que estava deitado na cama assistindo televisão.

O homem negou participação no roubo, mas foi ameaçado pelo comparsa para que assumisse o criem sozinho.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Plantão 1 (Deplan). 

Autoescola

A reportagem de O TEMPO fez contato com a autoescola para qual  Warlley da Silva trabalhava. A direção informou que o homem havia sido contratado há apenas três dias e, ao puxar a ficha criminal do homem no site da Polícia Civil, não foi informada de nenhum crime.

Ainda conforme uma das responsáveis pelo estabelecimento, a direção não sabia que o homem usava tornozeleira eletrônica.

Na clínica médica em que o caso ocorreu,  uma funcionária informou, por telefone, que os representantes do imóvel não estão no local no começo da manhã desta quarta-feira (13). 

De acordo com a Polícia Civil, o crime anterior de de Warlley Silva não foi mostrado porque o caso não foi transitado em julgado. Ou seja: ainda pode recorrer da decisão. Em relação ao homem ser instrutor, a polícia afirmou que instaurou um procedimento administrativo com a possibilidade de não renovar a licença de instrutor do suspeito.  

 

Atualizada às 16h

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