A prefeitura de Belo Horizonte confirmou a morte de um macaco causada por infecção pelo vírus da febre amarela na região Oeste da capital. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que foram “realizadas ações preventivas e de bloqueio de transmissão no local onde o animal foi encontrado e também em áreas próximas”.
“As ações de zoonoses foram intensificadas em um raio de 200 metros, de forma a eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti que, em ambiente urbano, pode transmitir a doença. Além disso, cerca de 300 imóveis foram vistoriados”, pontua a pasta em nota à imprensa. O vírus não é transmissível do macaco para o ser humano, mas a partir da picada do mosquito.
No texto, a SMS explica que a Fundação de Parques e Zoobotânica decidiu, de “maneira preventiva”, voltar à adoção de apresentação do cartão de vacinação contra a febre amarela para visitação nos parques Jacques Cousteau e Aggeo Pio Sobrinho, ambos na região Oeste da cidade, nas proximidades de onde o primata fora encontrado.
“Vale lembrar que a declaração de imunização já vinha sendo exigida do visitante ao efetuar no sistema a reserva da visita. No entanto, a partir de agora, volta a ser exigida a apresentação física do cartão de vacinação, juntamente com documento de identidade com foto”, acrescenta a nota.
“Menores de 9 meses, por não poderem ser imunizados contra a doença, não podem acessar tais parques. A vacinação ocorre em todos os 152 Centros de Saúde da capital. Considerando a população total de Belo Horizonte, a cobertura vacinal está em 95%”, conclui a pasta.
Os parques receberam materiais educativos sobre a doença para “conscientização dos visitantes” sobre a importância da vacinação contra a doença.
A febre amarela, no passado recente, chegou a acender alerta máximo em Minas Gerais quando, em julho de 2017, mineiros foram acometidos pela doença. Entre aquele mês e junho do ano seguinte, mais de 80 óbitos causados pela doença foram registrados. Belo Horizonte foi o município com mais casos à época.
Esquema vacinal da Febre Amarela
-Crianças, ao completarem 9 meses de vida, devem tomar 1 (uma) dose;
-Crianças, ao completarem 4 anos de idade, devem tomar a dose de reforço;
-Pessoas de 5 a 59 anos de idade, não vacinadas ou sem comprovante de vacinação, devem tomar 1 (uma) dose;
-Pessoas que receberam apenas 1 (uma) dose da vacina antes de completarem 5 anos de idade devem tomar 1 (uma) dose de reforço.