Com o avanço da pandemia do coronavírus em Minas Gerais e o consequente esgotamento dos leitos de internação em algumas cidades, a vacinação contra a doença se tornou ainda mais prioritária para interromper as altas taxas de transmissão e a proliferação das cepas. Porém, a medida ainda esbarra na escassez das doses distribuídas até agora. E denúncias de 'fura-fila' de servidores da Secretaria de Estado de Saúde provocou diversos questionamentos em relação à atuação da pasta neste cenário.

Por isso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um inquérito nesta semana para apurar eventuais irregularidades. Conforme a promotora de Justiça Josely Ramos, "o objetivo da investigação é apurar a vacinação de servidores de órgãos da Administração Direta e Indireta pela Secretaria de Estado de Saúde, pois as vacinas foram encaminhadas, como sempre,  para os municípios. A exceção foi o encaminhamento para a FHEMIG e FUNED, duas fundações vinculadas ao sistema estadual de saúde".

Na última quarta-feira (10), o secretário da pasta, Carlos Eduardo Amaral, foi sabatinado na Assembleia Legislativa por conta da denúncia. Na sessão, o dirigente admitiu que foi vacinado para dar o exemplo à população e recebeu duras críticas dos parlamentares, que decidiram abrir uma CPI para investigar o caso. O secretário ainda se reuniu com o governador Romeu Zema (Novo) na manhã desta quinta-feira (11) e se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais.

"Na manhã de hoje, me reuni com o secretário Carlos Amaral. Reafirmei que determinei que os órgãos de controle do Executivo apurem o processo de vacinação de servidores. O secretário prestou esclarecimentos e me garantiu que todas as ações adotadas são técnicas e legais", declarou. O governador disse ainda que todos os esclarecimentos "necessários serão apresentados à sociedade".

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