Após especular uma mudança para a antiga sede do Cruzeiro, no Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) anunciou nesta quarta-feira (27) uma alteração nos planos. Agora, o espaço ocupado será a sede do Banco BMG, comprada pelo órgão estadual. O valor da negociação não foi revelado.
Segundo o procurador-geral do estado, Jarbas Soares Júnior, a antiga sede do banco vai abrigar uma Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC), onde estarão atuando em conjunto todas as procuradorias que investigam crimes como lavagem de dinheiro e sonegação de impostos.
“Nós vamos consolidar todas essas estruturas em um prédio só, onde foi sediada por tantos anos o Banco BMG, em frente à procuradoria. Lá ficarão todos esses órgãos e todas as estruturas de investigação. Hoje nós trabalhamos com monitoramento, laboratórios, sistemas de acompanhamento de diálogos entre pessoas e investigação. Isso tem dado resultado porque há uma cooperação do Ministério Público com a Polícia Civil e Militar e também a Secretaria da Fazenda”, explicou Soares, que participou de um evento no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) nesta quarta-feira.
Segundo o procurador-geral, a centralização dos trabalhos em um único local visa facilitar o trabalho dos órgãos de combate à corrupção, que hoje ocupam diferentes sedes em várias localidades de Belo Horizonte.
O prédio do Banco BMG fica localizado na avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, bem em frente à sede do MP estadual. A possível desapropriação e compra da antiga sede do Cruzeiro, no Barro Preto, havia sido confirmada pelo próprio procurador-geral, Jarbas Soares, em maio deste ano. O prédio está avaliado em cerca de R$ 40 milhões.
A compra do imóvel que pertence ao clube celeste, no entanto, ainda não foi totalmente descartada pelo Ministério Público.