O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) expediu uma recomendação ao município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, com orientações sobre o armazenamento e a distribuição de doações destinadas aos atingidos pelo rompimento da barragem I da mina do Córrego de Feijão, da Vale, no dia 25 de janeiro.
Após inspeção realizada pelo órgão no dia 3 de abril, foi constatado que alguns locais onde estão armazenadas as doações precisam de correções. A recomendação estabelece que os itens depositados na Escola Municipal Maria Coelli sejam realocados, devido à insalubridade do local. Também foi recomendado que os itens de vestuário armazenados na escola, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e em lojas alugadas pela Vale para servir de depósito provisório sejam separados, limpos e encaminhados aos atingidos.
A recomendação do MPMG ainda destaca que as vítimas são todas as pessoas que ocupavam o território em que ocorrem as consequências do rompimento, independentemente da natureza da ocupação. Assim, todos que se encaixem nessa definição podem receber doações. O documento estabelece, ainda, que o município deverá realizar, no período de 7 dias, reuniões com as comissões de atingidos para definir a melhor dinâmica de distribuição dos bens.
O promotor de Justiça Walter Freitas de Moraes Júnior ressalta que as doações devem ser encaminhadas o mais rapidamente possível, a fim de evitar a degradação dos bens. Ele explica que, em razão do volume de doações e da diminuição no número de voluntários, surgem dificuldades no gerenciamento dos produtos, o que é normal nesse tipo de situação. O município informou que deverá receber voluntários da Cruz Vermelha e do Servas para auxiliar na triagem dos bens armazenados.
-
A cada semana, um idoso em Belo Horizonte é abandonado em um leito do SUS
-
Cidades - Últimas notícias de Belo Horizonte e Minas Gerais
-
Homem procura a Justiça após seguir orientação financeira e perder 85% do investimento
-
Carreta carregada com 35 mil litros de etanol permanece encalhada na represa de Três Marias
-
Samu ameaça parar em 94% das cidades de Minas Gerais