A tatuagem íntima revela a devoção de uma mulher, M.S.L., moradora do Sul de Minas, por seu amado. Ele, supostamente preso, costumava pedir dinheiro à companheira que, por sua vez, muito apaixonada, chegou a entregar R$ 6.000 para uma amiga em comum entre eles, D.C.R., a fim de ajudá-lo.
No entanto, o homem nunca existiu e o perfil com o qual ela conversava era coordenado pela tal amiga. Enganada, a mulher conhecida como "irmã Maitê", integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), é a principal suspeita de assassinar a ex-amiga, uma mulher de 33 anos, dona do perfil fake que a conquistou.
A história foi descoberta aos poucos pela Polícia Civil e veio à tona ainda nesta semana quando, na quarta-feira (14), o corpo de D.C.R. foi encontrado na Serra do Selado, zona rural de Poços de Caldas, região Sul do Estado. Há três meses, familiares e amigos procuraram investigadores para denunciar o desaparecimento da vítima, na tentativa de encontrá-la. Inicialmente no escuro, a polícia descobriu que a facção criminosa PCC teria ordenado a execução dela e, em 2 de agosto, foram presas duas suspeitas, escondidas em Passos, eram elas "irmã Maitê" e "irmã Mel".
Entenda a história
Apontada como principal responsável pelo crime, Maitê teria assassinado a vítima de 33 anos para se vingar depois de ter sido enganada e roubada. A história entre as duas começou quando D.C.R. criou um perfil falso onde se passava por um homem preso e adicionou a amiga. M.S.L se apaixonou pelo suposto rapaz e chegou, inclusive, a tatuar o nome dele em suas partes íntimas.
O amado costumava pedir que ela lhe enviasse dinheiro através de D.C.R., assim, Maitê teria repassado R$ 6.000 à amiga para que o namorado não ficasse desamparado. Algum tempo depois do início do relacionamento, a "irmã Maitê" descobriu que o homem nunca existiu e que havia sido roubada pela falsa amiga. Assim, teria decidido matá-la para se vingar.
Para ajudá-la no crime, pediu ajuda à "irmã Mel", uma colega com que dividia participação no crime organizado. As duas foram presas e a suposta ajudante chegou a confessar responsabilidade pela morte. A vítima morreu após ser esfaqueada no pescoço, nas costas e nos braços, sua cabeça quase se desprendeu do corpo.
As investigações ainda não foram concluídas e a Polícia Civil trabalha com a possibilidade de envolvimento de outros integrantes do PCC no homicídio, mas estes ainda não foram identificados.