Grande BH

Mulher tenta comprar crânio de cera para ameaçar ex-chefe e recebe cabeça humana

Investigada alegou para a Polícia Civil que não sabe como a 'troca' aconteceu; instituição apura a origem do crânio, e mais dois suspeitos serão ouvidos

Por Vitor Fórneas
Publicado em 06 de fevereiro de 2024 | 17:16
 
 
 
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Uma mulher de 48 anos é investigada pela Polícia Civil após ter deixado um crânio humano na porta de uma loja de materiais de construção em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Imagens do circuito de segurança registraram o momento. A motivação do crime seria uma desavença por conta de um acerto trabalhista. Mandados de busca e apreensão foram realizados na casa dela nesta terça-feira (6 de fevereiro).  

O delegado Raphael Boechat informou como os trabalhos investigativos iniciaram. “As vítimas nos procuraram e coletamos os depoimentos. Eles explicaram sobre a possível suspeita. A partir daí iniciamos os trabalhos e recebemos a notícia de que investigadores da polícia tinham, de fato, recolhido um crânio em via pública”.

A confirmação de que se tratava de um crânio humano ocorreu após a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML). “A origem ainda é desconhecida. Após identificarmos a autora, ela não soube explicar de onde teria vindo e alegou não ter envolvimento. Porém, depois disse que comprou um crânio de cera e que provavelmente alguém teria trocado por um humano”, afirmou.

Motivação

Imagens do circuito de segurança registraram o momento em que a mulher deixou o crânio na porta da loja com a ajuda de mais duas pessoas. Segundo o delegado, a investigada teve uma desavença com os ex-patrões.

“Ela era cuidadora dos pais das vítimas, mas teve o vínculo trabalhista rompido. Conforme nos foi repassado, ela desejava receber um acerto de valor cinco vezes maior do proposto pelos ex-patrões, tanto que o caso está em tramitação na Justiça”.

Os próximos passos da investigação são: ouvir os dois homens que apareceram nas imagens com a mulher e saber a origem do crânio.

A investigada, por enquanto, vai responder em liberdade, visto que, conforme apontado pelo delegado, não tinha passagem pela polícia. “Ela pode responder pelos crimes de subtração de cadáver, vilipêndio a cadáver e ameaça. Somadas as penas, ela pode ficar seis anos e seis meses na prisão”, concluiu.

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