O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, enfatizou em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (1) que que a população da capital não deve “escolher” qual marca de vacina contra Covid-19 tomar.

“Peço a ajuda de vocês (imprensa) para divulgar que as vacinas são eficazes e não é possível escolher qual vacina que a pessoa vai tomar. Quando a gente coloca um grupo para ser vacinado, a gente sabe que aquele grupo tem aproximadamente X pessoas. E a gente tem X vacinas. Então, a pessoa não pode falar: ‘eu não quero tomar essa vacina, eu quero tomar a vacina tal’. Isso não é possível, não existe isso em lugar nenhum do mundo”, defendeu.

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O chefe da pasta afirmou que a prefeitura não quer “fazer em Belo Horizonte o que foi feito em São Bernardo do Campo (interior de São Paulo)”. Na cidade, pessoas que se recusaram a receber imunizantes de alguma marca específica foram “empurradas” para o fim da lista de imunização, sendo permitido, apenas, que se inoculassem após a “última pessoa com 18 anos”, explicou Machado. 

“Nós estamos vendo aqui em Belo Horizonte uma queda dos números (de indicadores de gravidade da pandemia), e certamente é reflexo da vacinação. Então, não. Não depende de qual vacina que estão tomando, depende de tomar alguma vacina ou não”, conclui o secretário.

No início da entrevista, Machado revelou, de antemão, os dados gerais do boletim epidemiológico da capital referentes a esta quinta-feira.

A transmissibilidade do coronavírus se manteve em RT 0,89, o mesmo registrado nessa quarta-feira (30), enquanto as taxas de ocupação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias caíram, e estão, respectivamente, em 65,1% e 49,1%.

Com isso, apenas o indicador que mede a lotação dos leitos de alta complexidade está fora do patamar de controle, verde, estipulado pelo Comitê de Enfrentamento à Pandemia na cidade.

Conforme divulgado no último boletim epidemiológico, 53,7% do público-alvo da vacinação contra Covid-19 em BH havia recebido, ao menos, uma dose dos imunizantes, e, 20,8%, duas.

Assista à Coletiva completa: