Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, voltou a reforçar que o governo de Minas Gerais não pretende realizar testagem em massa da população. “Não me parece razoável, de bom-senso ou oportuno sair testando todo mundo e comprometer uma testagem mais amplas dos casos sintomáticos no futuro, caso ainda haja piora no fornecimento de testes”, justificou o secretário.
Até agora, segundo os dados mais recentes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 17.813 testes foram realizados no Estado — enquanto Minas soma pelo menos 100 mil casos suspeitos de Covid-19, de acordo com os últimos dados da secretaria, que não divulga mais essa informação nos boletins diários desde o final da última semana.
Só o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem capacidade para realizar 2.000 testes de coronavírus por dia, mas a testagem tem ficado abaixo desse limite. “Estamos satisfeitos que o Nupad tenha capacidade ociosa”, disse Amaral, sinalizando que a capacidade máxima dos laboratórios deve ser preservada para os casos com indicação atual de testagem.
Por ora, a recomendação da SES é testar casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados, os óbitos suspeitos de Covid-19; profissionais de saúde, de segurança pública, público privado de liberdade e adolescentes em cumprimento de medidas restritivas que apresentem sintomas. Também há recomendação de testagem de amostras vindas de unidade sentinelas de Síndrome Gripal e SRAG, além de amostragem de pessoas onde haja surto de gripe em locais fechados, como asilos e hospitais.
Secretário de Saúde cobra uso de máscaras em Minas
“Fui ao mercado neste final de semana e vi muita gente usando máscara, um número significativo que não usava”, relata o secretário de Saúde. Ele cobra mais consciência dos cidadãos no uso do item de segurança e diz que o uso correto do acessório por todos equivale a uma espécie de isolamento social.
Em coletiva de imprensa, ele também lembrou que, em Minas, a hidroxicloroquina continua podendo ser receitada para casos graves de Covid-19. Os protocolos para uso do medicamento, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi uma das divergências entre o presidente e Nelson Teich, que deixou a liderança do Ministério da Saúde na última semana. “Qualquer que seja o (novo) ministro nomeado, manteremos uma relação de proximidade e respeito que traga benefícios à saúde em Minas”, comentou Amaral.