Nos nove primeiros dias de dezembro, o número de pessoas internadas em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para pacientes de Covid-19 cresceu 18% – indo de 323 no último dia 1º para 381 nesta quarta-feira (9). Todavia, a quantidade de leitos disponibilizados não acompanhou o aumento e, no mesmo período, houve crescimento de 8% nos leitos – de 522 para 567. Números são dos boletins epidemiológicos de coronavírus da prefeitura de Belo Horizonte, e consideram tanto a rede particular, quanto a pública.

A taxa de ocupação das UTIs cresceu 19 pontos percentuais, saltando de 39,1%, ainda no nível verde, de menor risco, para 58,1%, no nível amarelo, de alerta neste mês. O aumento de pressão nos hospitais cresceu, principalmente, no setor privado que, nesta quarta, tem 70,7% das UTIs ocupadas. No sistema público, há 63,3%. 

A transmissibilidade do vírus na capital mineira manteve a flutuação que vem sendo registrada nas últimas duas semanas, sempre acima de RT 1, o que significa que alguém infectado pelo coronvírus transmite a doença para mais de uma pessoa. Nesta quarta, o índice está em RT 1,06. 

Nas enfermarias disponíveis para pacientes de Covid-19, a situação é menos tensa do que nas UTIs. A ocupação de leitos variou entre 1 e 9 de dezembro de 41,9% para 49,9%, ainda no nível verde. Contudo, o índice se aproxima do amarelo – a partir de 50% – e, se a tendência de alta continuar, todos os indicadores da pandemia em Belo Horizonte devem ficar em nível de alerta nesta quinta-feira (10).

Conforme a prefeitura, há 56.106 casos confirmados de Covid-19 – mesmo número apresentado nessa terça – e 1.703 mortos. No informe, a Secretaria Municipal de Saúde alega que não houve atualização nos dados “referentes aos casos de COVID-19 confirmados, em acompanhamento e recuperados neste boletim devi- do a problemas na base de dados do e-SUS no Ministério da Saúde”. 

Por meio de nota, a Prefeitura de BH disse "que os indicadores permanecem em monitoramento constante. Qualquer agravamento que comprometa a capacidade de atendimento será tratado da forma devida, com o objetivo de preservar vidas".

Ainda de acordo com a PBH, "Os serviços abertos pela Secretaria Municipal de Saúde para atendimento à população com sintomas da doença seguem funcionando, e os leitos Covid-19 que foram revertidos para retaguarda nos hospitais da Rede SUS-BH, podem ser reconvertidos caso seja necessário".