Por meio de grupos nas redes sociais, pais de alunos do Colégio Magnum Agostiniano, unidade Cidade Nova, mobilizaram-se neste domingo (6) e organizam atos para esta segunda-feira (7), após denúncias de que um aluno de 3 anos teria sofrido um estupro por um ex-funcionário (entenda aqui). Os pais propõem colocar um laço branco no uniforme de cada criança.
Procurada pela reportagem, a mãe da criança, de 45 anos, confirmou a mobilização, mas não soube informar o horário e nem como será esse protesto. Ela também confirmou uma reunião entre pais da turma do filho marcada pela própria instituição.
“Amanhã, vai ter uma reunião na turminha do meu filho, mas os pais também estão se mobilizando e falaram de colocar esse lacinho nas crianças”, afirmou, bastante emocionada. “Esse cara precisa pagar pelo o que fez. Olha o que ele fez com meu filho, pode ter feito também com outras crianças. Acabou com minha vida”, lamentou.
Segundo ela, o filho está sofrendo muito e com bastante medo. “Ele está agitado, com medo do escuro, não querendo comer comida de sal, está sendo muito difícil lidar com isso. Não sei se consigo ter força”, afirmou neste domingo.
O caso
O caso foi denunciado à Polícia Civil e a 2ª Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) está à frente das investigações. A mãe da criança descobriu os abusos, no último sábado (28), quando a criança contou.
A unidade Cidade Nova do Colégio Magnum, onde os abusos teriam acontecido, informou, por meio de nota, que, na última sexta-feira, a direção da unidade ouviu os relatos dos pais das crianças, de uma professora e um médico, sobre a mudança de comportamento do filho e sobre a conduta do suspeito, que é um colaborador, segundo a instituição.
"Foram colocadas à disposição da família as assessorias jurídica e psicológica, e o profissional envolvido foi afastado de suas funções para auxiliar na transparência das apurações", informou o Colégio Magnum, por meio da sua assessoria de imprensa.
Ainda de acordo com a escola, todos os gestores e coordenadores de Ensino e Formação da Instituição estarão reunidos para estabelecerem medidas de apoio aos familiares e ao corpo discente, em relação ao caso.
O suspeito, que já estaria trabalhando em uma escolinha infantil do bairro Palmares, na mesma região, foi procurado pela reportagem e respondeu nessa segunda-feira (8). Ele se defendeu das acusações e disse que nada tem a ver com a história. Leia e ouça a entrevista completa com ele.
Atualizada às 18h38, de 8/10