Belo Horizonte deu início, na manhã deste sábado (15), à vacinação de crianças contra a Covid-19. Inicialmente estão sendo imunizados pequenos de 5 a 11 anos com comorbidades, doenças permanentes e pertencentes de comunidades quilombolas e indígenas. No Centro de Saúde Camargos houve festa para quem chegou para receber a vacina.
As crianças foram recepcionadas pelo Zé Gotinha e Maria Gotinha. A unidade de saúde recebeu enfeites e animação musical. A procura por imunizantes foi tranquila no local, que vai ficar aberto até 14h. Um dos primeiros vacinados foi Bernardo Duarte, de 7 anos. O garoto disse que estava ansioso pela vacina. “Eu senti um alívio. Agora só falta tomar a outra dose”, disse o menino que não chorou pela primeira vez para tomar uma vacina. “Estava bem ansioso”, relatou.
Ele foi acompanhado pelo avô, Getúlio Rocha, de 59 anos. “A expectativa era muita para que ele se vacinasse o mais breve possível para se proteger. Nunca tivemos nenhuma dúvida de que ele devia vacinar”, assinalou o avô.
Para a pequena Valentina Brandão, de 8 anos, a vacinação foi um momento “muito, muito, muito feliz”. A garota afirmou que a vacina não doeu nada. “Foi uma picadinha de mosquito. Ela colocou a agulha no meu braço e num piscar de olhos já tinha acabado”, brincou a criança.
A mãe de Valentina, Priscilla Marinho, de 39 anos, contou que a filha tem cardiopatia, o que estava impossibilitando a ida à escola. “Gratidão apenas, agradecendo o tempo todo por esse momento”, disse, emocionada, a mãe. Priscilla ainda convocou os pais que estão inseguros com a imunização para que levem os filhos para se vacinar. “
A analista de contratratos Juliane Dores, de 36 anos, levou o filho, Pedro Emanuel, de 8, para receber a primeira dose. "Estava contando os minutos para ele se vacinar. O Pedro tem bronquite e estávamos preocupados em mantê-lo em segurança", explica. "Abaixo de Deus é a ciência. Se temos ela a nossa favor, vamos confiar na ciência", complementa.
“Muito emocionada”
Patrícia Martins Dias, de 50 anos, trouxe o filho Heitor, de 10 anos, que é portador de uma doença rara. Devido ao diagnóstico, a criança não pode usar máscara, o que reforçou o cuidado da família. “Estou muito emocionada, hoje o coração ficou bem ansioso, nervoso. Chegou a nossa vez, estou muito feliz”, observou.
A mãe de Heitor reforçou o pedido para que os pais levem os filhos para a imunização. “Se a gente ficar totalmente inseguro e não vacinar, o que será do futuro das crianças? A gente pode estar salvando vidas então, pais, vacinem”, pediu.
Vacinação
A expetativa da prefeitura de Belo Horizonte é vacinar 193 mil crianças. Neste sábado a vacinação será feita em 85 centros de saúde. Os endereços estão disponíveis neste link.
A capital recebeu cerca de 10.800 doses para a imunização infantil. Na segunda e terça-feira não haverá aplicação de doses nas unidades de saúde. O procedimento será feito apenas em crianças acamadas, por meio de um mapeamento feito pela administração municipal.
O diretor de promoção à saúde e vigilância epidemiológica da prefeitura, Paulo Roberto Correa reforçou a qualidade da vacina pediátrica utilizada, da Pfizer. Segundo ele, o município aguarda o envio de novas doses pelo Ministério da Saúde para convocar mais crianças para a imunização que será feita em escolas municipais.
“A vacina é extremamente segura, testada e aprovada pela Anvisa. Temos todo o respaldo científico”, destacou. O diretor ainda disse que a programação de retomada das aulas segue na capital para fevereiro. “Nós vamos manter a vacinação e além disso a nossa recomendação é que as crianças mantenham os cuidados. Nessa idade já podem e devem usar máscara”, alertou.