tráfico de drogas

PM ocupa bairro Taquaril, em BH, após tiroteio entre gangues rivais

Objetivo, segundo a polícia, é garantir segurança dos moradores da região e evitar novas trocas de tiro entre grupos do tráfico de drogas

Por Malú Damázio e Manuel Marçal
Publicado em 06 de abril de 2022 | 09:28
 
 
 
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A Polícia Militar ocupou as entradas, saídas e becos do bairro Taquaril, na região Leste de Belo Horizonte, em operação para garantir a segurança no local, após um tiroteio entre gangues rivais, do tráfico de drogas, na madrugada de terça-feira (5).

Segundo o comandante da 128 Companhia, major Fernando Braga, a ação não deixou feridos. Moradores da região registraram a troca de tiros, como mostra o vídeo abaixo:

 

Operação

Dez viaturas e 30 militares estão fazendo policiamento ininterrupto na região, desde o tiroteio, no período da noite. E, na parte da manhã, são 20 homens em sete viaturas.

“No dia, temos um total de 50 policias militares e 17 viaturas se formos contabilizar toda a jornada de um dia inteiro”, explicou Tenente Coronel Gilbran Maciel, comandante do 22º Batalhão.

Ele explicou que antes da operação, uma viatura do Gepar com quatro militares faziam o patrulhamento; juntamente com mais dois veículos do Tático Móvel, cobrindo, assim, as áreas dos bairros Alta Vera Cruz, Taquaril e Granja de Freitas.   

“Todos os pontos de entrada, saída e bocas de fumo conhecidos pela PM estão sendo devidamente ocupados", reteirou o Tenente-Coronel.

O militar informou que não há prazo para a operação terminar.  "Além do reforço do 22º Batalhão, a unidade está recebendo reforço do Comando de Policiamento da Capital e das unidades de comando de Policiamento Especializado: Rotam, Bope, Choque", explicou, após complementar que, até o momento, nenhum suspeito foi preso, mas há pessoas identificadas que seguem foragidas. 

CLIMA NO LOCAL AINDA É DE MEDO

Além de impedir outras ações coordenadas entre os grupos rivais do tráfico, o objetivo da operação policial é identificar e prender os responsáveis pelo tiroteio. 

A reportagem de O TEMPO esteve no local e flagrou agentes da Polícia Civil armados fazendo incursão nas ruas e vielas. A corporação segue fazendo o trabalho de investigação atrás dos supeitos. 

 

Marcas de tiro quebraram e perfuraram vidraças do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Taquaril, que está em funcionamento. 

Em um estabelecimento próximo, rajadas de tiro perfuraram placas de aço e há marcas de rajadas cravadas na parede.

 

Em nota, a Polícia Militar confirma que houve disparos de arma de fogo na madrugada de terça-feira, "felizmente, sem atingir qualquer pessoa". 

"Na ocasião, os recursos do turno de serviço atenderam aos acionamentos imediatamente, ocasião em que os infratores cessaram fogo e fugiram. Desde então, a Polícia Militar está ocupando a área de forma massiva, com o objetivo principal de garantir a ordem na comunidade, em prol das pessoas de bem", informa a PM.

A reportagem tentou conversar com populares e trabalhadores no local. Com medo e receio, as pessoas não quiseram gravar entrevista. 

“Estamos ocupando locais estratégicos para aumentar a segurança de moradores, prestadores de serviço e de quem passa pelo Taquaril”, explica o comandante da 128 Companhia, major Fernando Braga. 

(Atualizada às 16h14)

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