Terminou na madrugada desta terça-feira (19), a reconstituição do tiroteio entre policiais militares e uma investigadora da Polícia Civil na região do Barreiro, em Belo Horizonte. O advogado de dois dos três militares vai questionar a investigação do caso.

De acordo com Lúcio Adolfo, que trabalha na defesa dos policiais do 41º Batalhão, alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos. “Na minha opinião, alguns pontos estão soltos. O marido da investigadora estava armado, mesmo não sendo policial. Ainda tem a informação que e arma usada por ele seria ilegal. Questionei o delegado ontem (segunda) e vou questionar juridicamente também”, explicou o defensor.

A reconstituição começou por volta das 19h dessa segunda-feira (18)  e também contou com a participação da investigadora. Todos mantiveram as versões apresentadas anteriormente. A confusão aconteceu na noite do dia 28 de abril e, na troca de tiros, o marido da investigadora, Filipe Sales, de 32 anos, morreu após ser baleado oito vezes.

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o delegado responsável pelo caso, Alexandre Oliveira, obteve da Justiça a dilação de prazo para anexar ao inquérito os laudos periciais que ainda não estavam concluídos à época do envio do relatório. A reconstituição, segundo a corporação, foi feita para sustentar as apurações iniciais do inquérito.

Boato

Na manhã desta terça, um boato movimentou as redes sociais. Uma mensagem compartilhada em diversos grupos de WhatsApp garantia que três dos tiros que atingiram Sales teriam sido disparados pela própria companheira dele.

“Essa informação não procede. Sabemos que a investigadora também atirou. No entanto, ainda não foi possível esclarecer de qual arma saíram os tiros que atingiram o marido dela”, explicou Adolfo.

Os dois militares do 41º Batalhão e um do 5º responderão por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, fraude processual e disparo de arma de fogo em via pública. Eles estão presos.