A Polícia Civil deflagrou na manhã dessa quinta-feira (15) a operação "Esgastulum" com o objetivo de cumprir 13 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Nova Lima, na região Metropolitana e no Estado de São Paulo. Segundo a instituição, a investigação apura irregularidades em contratos de Parceria Público Privada (PPP) celebrados entre o governo de Minas e o consórcio Gestores Prisionais Associados (GPS) que é composto de cinco empresas que administram um complexo penitenciário em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com as primeiras informações, servidores públicos estariam entre os alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos em Minas Gerais e as irregularidades teriam gerado um prejuízo de R$ 100 milhões aos cofres do Estado.
A investigação aponta que os envolvidos são suspeitos de terem cometido os crimes de peculato, fraude em licitação, condescendência criminosa e organização criminosa. Mais informações vão ser repassadas em coletiva de imprensa, na manhã dessa quinta-feira, no Departamento Estadual em Investigação de Fraudes.
Outro lado
Por meio de nota o consórcio GPA que administra o Complexo Penitenciário Público-Privado, em Ribeirão das Neves, informou que a companhia recebeu com surpresa a ação da polícia, "uma vez que há 11 anos, desde a assinatura do contrato, vem cumprindo com todas as suas obrigações de forma clara e transparente, prática administrativa adotada desde o início de sua atuação".
Disse ainda que "não tem conhecimento de nenhum tipo de irregularidade na execução do contrato e lembra que o mesmo é alvo de constante avaliação e fiscalização de órgãos como Ministério Público e Advocacia Geral do Estado, entre outros".
A GPA afirmou ainda que segue à disposição das autoridades para qualquer tipo de esclarecimento e que "reafirma seu compromisso com a ética, transparência e lisura de todas as suas operações".
Matéria em atualização.