Polícia prende homem suspeito de matar idoso de 80 anos no interior de MG

A polícia prendeu um homem, de 26 anos, suspeito de agredir até a morte um idoso, de 80 anos de idade, no município de São Francisco de Paula, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, na última quinta-feira.

As investigações apontam para o crime de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. O crime ganhou repercussão, pelo fato da vítima ser sogro do prefeito da cidade de São Francisco de Paula, cidade com cerca de 20 mil habitantes, e por ter sido cometido com requintes de crueldade.

O caseiro da vítima, de 39 anos, também foi alvo de agressão. Os dois foram colocados dentro de um veículo que foi incendiado. O caseiro sofreu queimaduras, mas conseguiu sobreviver. Ele permanece internado em um hospital de Belo Horizonte, com ferimentos em 80% do corpo. O idoso conseguiu escapar do incêndio, mas foi agredido até morrer.

Segundo a polícia, desde que o crime ocorreu, houve empenho de equipes nas cidades de Oliveira e Campo Belo para tentar localizar o agressor. As ações contaram com o apoio da Polícia Militar.

De acordo com o delegado Fernando Miranda de Jesus, imagens de câmeras de segurança ajudaram nos trabalhos. "A primeira informação do autor, foi ele ter sido flagrado por câmeras, em Oliveira, conduzindo o veículo do idoso que faleceu em decorrência do fato", explicou o delegado.

O carro usado por ele para deixar a cena do crime foi abandonado na zona rural de cláudio, a 64 quilômetros de onde tudo aconteceu. Horas depois, o homem foi localizado embaixo de uma linha férrea, em Oliveira.

O delegado de Campo Belo, Luciano Teixeira Moreira lamentou o crime e deu detalhes de como tudo ocorreu. "Um crime lamentável, né? Com pedradas, facadas, infelizmente lamentável a forma como foi e a crueldade usada com esse senhor e não só com ele, com o caseiro do sítio dele que foi queimado e encontra-se com 80% do corpo queimado", afirmou.

O delegado Flávio da Silva Braga, responsável pelo inquérito policial, conta que o suspeito assumiu autoria e contou que precisava de dinheiro para pagar dívidas. Ele também estava sob efeito de droga. 

"Em momento nenhum, ele teve dó nem pena nem piedade de nenhum deles. Ele jogou os dois dentro da kombi, buscou gasolina, ateou fogo e deixou eles queimarem vivos. Mesmo assim, o senhor conseguiu sair da kombi, entrou em luta corporal até receber uma pedrada, que foi o golpe fatal", explicou.

Apesar da confissão do suspeito, as investigações não estão finalizadas. O próximo passo é descobrir as circunstâncias que os fatos ocorreram e se houve participação de outras pessoas. Os laudos da perícia e de necropsia da vítima também são aguardados e vão ser anexados ao inquérito. O agressor tem passagens por roubo, tráfico de drogas e tentativa de homicídio.