A Prefeitura de Belo Horizonte está distribuindo máscaras a ambulantes com deficiência que atuam no centro da cidade, nesta segunda-feira (18). A ação, realizada pela Secretaria Municipal de Política Urbana em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, visa orientar e conscientizar os camelôs sobre a importância do uso correto do acessório de proteção. 

“Os camelôs licenciados podem trabalhar, desde que com máscara, álcool em gel, tomando toda a precaução. Vamos fazer essa orientação. É um trabalho totalmente educativo, para que eles possam trabalhar com segurança para eles e para a cidade”, afirma o gerente de fiscalização de controle urbanístico e ambiental da regional Centro-Sul, Plínio Marcos.

Os agentes da fiscalização vão distribuir cerca de 250 máscaras de pano reutilizáveis. Eles ainda vão entregar panfletos com orientações sobre a forma adequada de utilizar e higienizar o item.

O ambulante José Eduardo, 65, vende chinelos no hipercentro há cerca de um ano e diz que o movimento caiu muito nos últimos meses devido à pandemia. Ele recebeu uma máscara dos agentes da prefeitura e disse que tem usado o acessório o tempo todo na rua. “Eu acho que é primordial para a nossa saúde, muito importante para enfrentar essa pandemia. Isso tem que acabar logo, senão a gente não aguenta. As vendas caíram muito, e as contas estão todas atrasadas”, conta.

O vendedor ambulante e diretor da Associação União das Pessoas com Deficiência em Minas Gerais, Walkermárcio Cândido de Jesus, 49, que também vende chinelos no centro, aprovou a iniciativa. “É uma ótima ideia, muitos se encontram sem recurso para comprar máscara, e é uma forma de conscientizar. É muito importante para que a doença não se espalhe mais”, diz. Uma das demandas da associação é a concessão de licenciamento para mais pessoas com deficiência atuarem como ambulantes na cidade.

Em Belo Horizonte, é permitida apenas a atividade de ambulantes que utilizam veículo de tração humana, como pipoqueiros, as realizadas em veículo automotor, como lanches rápidos, e as exercidas por pessoa com deficiência licenciadas.

Atualmente, de acordo com a prefeitura, há 109 pessoas com deficiência licenciadas para trabalhar nas regiões Centro-Sul, Barreiro e Venda Nova. Segundo o município, no momento, não há previsão para nova licitação da atividade.