Cerca de 200 detentos de 20 unidades prisionais de Minas Gerais irão ajudar na fabricação de máscaras de proteção contra a propagação do novo coronavírus. Expectativa é que, a partir da semana que vem, 22 mil produtos sejam feitos por dia, que serão destinados a hospitais, asilos, órgãos da Segurança e pela própria população.
Segundo o Governo do Estado, a produção começou nessa terça-feira (24) no Complexo Penitenciário de Ponte Nova, na Zona da Mata. "Nas unidades prisionais de Minas, corte, montagem e costura dos equipamentos utilizados por quem tem sintomas do Covid-19 seguem parâmetros de confecção da Vigilância Sanitária", informou.
No município, o material seguirá para os hospitais Arnaldo Gavazza Filho e Nossa Senhora das Dores, e também será utilizado por profissionais do Complexo Penitenciário. Apenas nesse local, 12 presas trabalham com a previsão de entrega de 4 mil máscaras por semana.
Os insumos utilizados foram doados pela prefeitura e por empresários da cidade. "Estamos recebendo ajuda para poder ajudar o próximo. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance", destaca a diretora de Atendimento do Complexo, Aline Araújo.
Já em Juiz de Fora, também na Zona da Mata, a camisaria Chico Rei começou nesta quarta-feira (25), a produção dos materiais na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. Cinco internos e costureiros que atuavam na confecção de camisetas no local vão produzir máscaras para quem atua na limpeza urbana do município e na unidade prisional.
Em Caxambu, no Sul de Minas, o trabalho vai começar nesta quinta-feira (26), com a mão de obra de 15 presas. De acordo com o governo, as detentas já confeccionam 5,8 mil camisetas por mês. Elas irão operar 20 equipamentos industriais, como máquinas de corte e overloque.
Na cidade, os materiais foram doados pela prefeitura, empresários da região, moradores da cidade e um policial penal de Três Pontas.