Motoristas que insistem em pisar fundo no acelerador devem ficar em alerta, principalmente aqueles que vão pegar as estradas federais para as festas de fim de ano. 

A partir desta segunda-feira (23), as regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de todo país retomam as ações de fiscalização com o uso dos radares portáteis e móveis.

O uso dos equipamentos estava suspenso desde 15 de agosto, pelo governo federal, mas em 11 de dezembro o juiz da 1ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil Monteiro, determinou a volta da utilização dos aparelhos em um prazo de 72 horas. Esse prazo foi prorrogado e se esgotou nesta segunda-feira, para todas as regionais.

Em Minas, os 25 radares móveis voltaram a aplicar multas desde a última sexta-feira, dia 20.

De acordo com o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), de Brasília, o uso dos aparelhos não é obrigatório, mas eles são mais uma ferramenta da PRF para barrar o excesso de velocidade dos veículos em trechos de estradas considerados críticos. 

No país, são 500 pontos críticos, divididos em frações de 10 quilômetros que somam um total de 5 mil quilômetros onde os motoristas mais abusam da velocidade. 

De acordo com DPRF, como os radares são portáteis e móveis, não existe um número específico de equipamentos utilizados em rodovias específicas.

Existe, sim, número de equipamentos por Superintendência (estado). 

Os locais onde os equipamentos são empregados dependem do planejamento de cada estado. 

Fiscalização

Na manhã desta segunda-feira, apenas uma equipe da PRF aplicou um total de 113 multas, das 10h30 às 12h30,  no KM 568 da BR-040, sentido Rio de Janeiro, em Nova Lima,  região metropolitana de Belo Horizonte. 

Um motorista foi flagrado pela câmera de um radar portátil dirigindo a 135 km/h, quando a velocidade máxima permitida no local é de 80km/h. A infração é grave e ele foi multado em R$ 293.

Os agentes rodoviários trabalham com dois tipos de radares portáteis. Um deles faz o registro da imagem do veículo infrator e não demanda a abordagem do motorista.

O outro equipamento é do tipo monóculo,  capta a velocidade do carro,  mas não faz o registro fotográfico. Nesse caso,  o motorista é parado.

De acordo com o agente da PRF Gledson Ferreira, há vários pontos críticos na região metropolitana de Belo Horizonte, onde os motoristas abusam da velocidade e também locais onde, segundo ele,  há registro de acidentes graves com mortes. A prioridade dos radares é para esses locais.

Entre os pontos críticos, ele cita a BR-040  próximo à entrada do Topo do Mundo,  em Nova Lima; a BR-381 próximo à Petrobras,  em Betim, e no trecho da mesma rodovia em Igarapé.

Outro ponto crítico fica na 040 sentido Brasília,  até o Posto Chefão. 
Vários outros trechos da BR-381, entre Belo Horizonte a João Monlevade, também terão prioridade na utilização dos radares portáteis,  segundo Gledson.

Acidentes

De 15 de agosto deste ano, até 30 de novembro, período de proibição dos radares móveis, foram registrados, em todo país 20.600 acidentes, quando no mesmo período do ano passado, foram 19.286 acidentes.

Especialistas acreditam que esse aumento deve-se à retirada dos radares móveis das rodovias. No entanto, estudo preliminar da PRF aponta que o excesso de velocidade não está entre as cinco principais causas, como ultrapassagem em local proibido e falta de atenção.