Testagem particular

Procura por testes de Covid em laboratórios sobe 30%

Índice de exames que apresentam resultado positivo também cresceu

Por Rafael Rocha
Publicado em 01 de dezembro de 2020 | 06:00
 
 
 
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Enquanto o número de casos de Covid segue aumentando - Minas Gerais contabiliza atualmente 10.041 óbitos em decorrência da doença -, a procura por exames RT-PCR, recomendados para obtenção de diagnóstico sobre o vírus, também tem apresentado elevação em vários laboratórios.

No Hermes Pardini, onde o teste custa R$ 245,00, a procura pelo exame apresentou aumento de 29% na primeira quinzena de novembro, na comparação com o mesmo período de outubro. A taxa de positividade, ou seja, a quantidade de usuários que apresentaram resultados positivos para coronavírus, também subiu, passando de 20% para 24%. O grupo possui 124 unidades ao todo, sendo 76 na capital e região metropolitana.

No laboratório Lustosa a demanda por testes Covid chegou a aumentar 43% entre outubro e novembro. O índice de resultados positivos passou de 6,8% para 13% dos testes com confirmação para infecção ativa no organismo, no comparativo entre a segunda quineza de outubro e a primeira de novembro. Com 27 unidades situadas na capital e região metropolitana, a empresa cobra R$ 259 pelo teste RT-PCR.

Igual procura foi percebida pelas equipes do laboratório São Marcos, que cobra R$ 235,00 pelo serviço. Por lá, o aumento na busca pelo teste PCR foi de tal maneira que gerou um certo congestionamento, provocando mudanças no prazo de entrega dos resultados, que passou de um para dois dias. Segundo a empresa, o volume de testes dobrou na segunda semana de novembro, no comparativo com a semana anterior. "Atualmente estamos recebendo cerca de 4 mil exames ao dia em Belo Horizonte", informou Diogo Coelho, gerente de produção. Com 57 unidades na capital e grande Belo Horizonte, o laboratório integra o grupo Dasa, que contabiliza 700 unidades em todo o país. 

O comportamento da população mineira segue a mesma tendência do registrado em todo o território nacional, conforme dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). A entidade registrou aumento de 30% na procura por testes rápido e PCR entre seus associados na primeira quinzena de novembro. Os resultados positivos também aumentaram em 25%.

Apesar do aumento na demanda, os laboratórios consultados, bem como a Abramed, informam que mantém os estoques de testes e insumos atualizados para atender a procura.

Nas farmácias

Um recorde de testes rápidos para o novo coronavírus (Covid-19) também foi registrado nas fármacias, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

Conforme o relatório, na semana de 16 a 22 de novembro foram realizados 77.031 testes, contra 62.062 da semana anterior, entre os dias 9 a 15 de novembro. A primeira semana de novembro teve número ainda menor, de 48.345 exames. 

O percentual de resultados positivos também foi o maior registrado. Entre 16 e 22 de novembro foram confirmados 12.790 casos - 16,6% do total de testes.

Foram pesquisadas 2.301 drogarias em várias localidades do país.

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