Com nova paralisação marcada para esta quarta-feira (1º), os professores da rede de ensino particular de Belo Horizonte poderão deflagrar uma greve geral durante a assembleia da categoria, que está prevista para acontecer às 10h na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
De acordo com Valéria Morato, presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), caso nenhuma nova proposta seja apresentada pelas escolas, a greve não está descartada. "Temos confirmados até agora a participação de professores de aproximadamente 20 escolas", detalhou.
A categoria também paralisou no último dia 24 de maio, quando a nova assembleia dos trabalhadores foi agendada. Segundo o sindicato, os empresários querem acabar com a cláusula da isonomia salarial, reduzir o valor do adicional por tempo de serviço, alterar férias e recessos e extinguir bolsas de estudos para parcela da categoria.
Além disso, as escolas estariam oferecendo reajustes de 5% para a educação básica e 4% para o ensino superior, índices bem abaixo da inflação oficial e da porcentagem pleiteada pelos professores, de 25,23%. O aumento almejado pelos trabalhadores considera a inflação acumulada desde 2020 e um ganho real de 5%.
Na véspera da última assembleia, o Sinpro denunciou tentativas de coação praticadas por algumas escolas contra os professores, exigindo apresentação de documentos assinados assumindo ou não a adesão ao movimento.
Outro lado
Procurado pela reportagem de O TEMPO, o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepeMG), Winder Almeida de Souza, na primeira paralisação duas das 3.500 escolas que integram a entidade não tiveram aula.
"Para amanhã, acredito que terá mais algumas, mas ainda estamos fazendo o levantamento. Mas temos um pequeno grupo de escolas de BH que já deram a recomposição salarial, e estamos mantendo os benefícios, tentando adequar alguns pequenos detalhes", afirma.
Ainda segundo ele, as escolas estão cortando o dia dos trabalhadores que não comparecem, uma vez que acabam precisando arcar com professores substitutos e para recompor as aulas.
"Acho importante destacar que os benefícios que as escolas dão aos professores são ímpares, não tem sindicato nenhum que dá o adicional extraclasse de 20%, que a maioria dos estados não tem ou é de 5%. Tem a bolsa estudo que as escolas dão, Não cortamos nada", argumenta Souza.