Um mês de vida

Recém-nascida é jogada do 2º andar de casa pelo pai durante briga com mãe em MG

Homem aproveitou que mãe tinha ido na cozinha para arremessar a filha

Por Lucas Henrique Gomes
Publicado em 29 de maio de 2022 | 10:50
 
 
 
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Um homem de 26 anos foi preso na noite desse sábado (28) em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, após jogar a filha recém-nascida, de um mês de idade, de uma janela com altura aproximada de 5 metros. O crime foi uma espécie de vingança e foi cometido enquanto o homem discutia com a mãe da criança. 

Pelas redes sociais, a mãe da recém-nascida comemorou no último dia 7 seu primeiro dia das mães. "Ao lado da minha bebê, obrigada Deus por esse presente maravilhoso", compartilhou. Dias antes, no feriado de 1º de maio, a mulher publicou uma foto da criança ao lado de um bolo e brigadeiros que formavam o número 1. "Minha princesa completou 1 mês, que Deus te abençoe e te livra de todo mal, mamãe te ama", diz a legenda da foto. 


A polícia foi acionada por vizinhos, que informaram que um casal estava em desentendimento, quando em determinado momento o homem arremessou a bebê pela janela de altura de 5 metros. A criança caiu na rua e chegou a ser socorrida por terceiros até a UPA local, mas não resistiu aos ferimentos. 

O crime foi por volta das 21h50 e o homem estava na residência desde as 14h, segundo a avó da criança. 

A mãe da recém-nascida contou aos policiais que sofre agressões do homem desde a gravidez, quando também aumentaram as brigas e discussões. Ela relatou que o agressor dava socos na sua barriga. Eles não vivem juntos, mas o homem passava com frequência na casa para visitar a filha.

Segundo o relato da mãe, eles estavam na casa durante a briga quando ela foi verificar um arroz doce na cozinha. Ao retornar para o outro cômodo, percebeu que o homem tinha jogado a filha pela janela. Sem condições emocionais, a mulher não conseguiu passar mais informações à polícia.

Uma testemunha disse aos militares que o agressor evadiu sentido bairro Tabajaras, onde viaturas iniciaram rastreamentos. Durante as diligências, um subtenente da Polícia Militar entrou em contato com a guarnição e disse que o suspeito tinha ligado para ele. 

O pai disse ao subtenente que estava arrependido e que ia se entregar, mas só fazia isso com a presença do militar, que indicou às demais viaturas o local combinado para a prisão. 

Já detido, o homem não quis dar sua versão do fato. 

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