TEMPERATURA ALTA

Saiba como enfrentar a onda de calor sem riscos à saúde

Crianças e idosos são mais vulneráveis; reforço na hidratação é principal medida

Por Isabela Abalen
Publicado em 18 de setembro de 2023 | 13:13
 
 
 
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Os mineiros vão precisar reforçar os cuidados com a saúde se quiserem passar imunes por uma semana que promete marcar recordes de calor, segundo alertas das Defesa Civil municipal e a Estadual, e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Os termômetros da onda de calor podem chegar a temperaturas até 5ºC mais altas que a média, marcando até 40-45ºC em algumas cidades do Estado. Junto com o calorão, índices de umidade relativa do ar abaixo de 30% vão intensificar a sensação de secura. 

De acordo com o clínico geral Último Libânio da Costa, como o corpo não está acostumado com o calor excessivo, ele fica vulnerável a complicações de saúde ligadas à desidratação e à exposição ao sol. “É importante termos em mente que a maior parte do nosso corpo é composta por água. Então, a desidratação impacta no funcionamento pleno do organismo”, afirma. “Pode levar a insuficiência renal, porque o rim precisa de líquido. Além disso, como o sangue fica espesso, pode causar queda de pressão arterial, perda de consciência e até a morte”, alerta ele, que é médico cooperado da Unimed-BH. 

Confira dicas de cuidados para enfrentar onda de calor sem riscos à saúde

  • Não descuide da hidratação; 

Costa reforça que não há fórmula ideal de hidratação que valha para todas as pessoas, cada corpo vai demandar uma quantidade de água que precisa ser respeitada para evitar complicações de saúde. “Muito se fala sobre os dois litros de água por dia, mas não é assim, a média varia de pessoa para pessoa. Um bom marcador para avaliar a hidratação é o aspecto da urina, o ideal é que ela esteja transparente, se estiver concentrada, beba mais água”, aconselha. 

  • Use roupas leves; 

Em períodos de calor extremo e tempo seco, o suor pode ser um inimigo. Para evitar desgaste do corpo sem necessidade, o médico indica usar roupas adequadas ao clima, sem abusar de casacos e peças pesadas. “No calor, escolher usar roupas leves é uma medida de prevenção. Nada de insistir nos agasalhos”, diz. 

  • Não é preciso largar os exercícios físicos; 

De acordo com o clínico geral Último Libânio da Costa, apesar de exercícios físicos demandarem mais o corpo, não é preciso cortar com a prática durante a onda de calor. Mas alguns cuidados são necessários. “A prática esportiva pode acontecer durante períodos do dia de calor menos intenso, normalmente, depois das 16h, mas vale avaliar a cada dia. Sempre acompanhada de água ou isotônico e roupas mais leves”, reforça. 

  • Cuidado com a pele; 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que pessoas com tendência a contrair câncer de pele também devem redobrar os cuidados durante as ondas de calor e umidade do ar abaixo de 30%, que é o caso de cidades de Minas Gerais durante esta semana. “A pele vai ficando mais desidratada e pode ter agravamento do problema, ela manifesta quadro de desidratação”, explica o médico. “Evitar exposição intensa ao sol, usar protetor solar e chapéu ajuda nesses casos”, aconselha. 

  • Prefira ambientes arejados, mas atenção à limpeza;

Para amenizar a sensação de calor e secura, ambientes ventilados são uma boa saída. O médico Costa só aconselha que os equipamentos como climatizadores, ar condicionados e umidificadores sejam higienizados antes do uso. “Quando esses dispositivos estão com uma manutenção ruim ou com acúmulo de poeira, podem espalhar partículas no ar que levam a problemas respiratórios. Climatizadores e ar condicionados são uma opção, desde que bem cuidados”, afirma. 

  • Crianças e idosos são grupo de risco; 

Dois grupos ficam mais vulneráveis durante ondas de calor: as crianças e os idosos. “É muito importante prestar atenção nesses grupos. A criança desidrata com mais facilidade, já o idoso tem uma capacidade de resposta do organismo menor”, alerta Último Libânio da Costa. 

  • Não negligencie os sinais.

O clínico geral afirma que os problemas de saúde ligados à exposição ao calor não são problemas súbitos. Normalmente, eles deixam sinais. “É preciso saber observar. A pessoa que está desidratada, que está tendo alguma reação, ela demonstra que não está bem. Fica lenta, cabisbaixa, cansada. Uma criança, por exemplo, ela interage menos, parece frustrada”, diz. Nesses casos, o indicado é reforçar a hidratação e procurar um médico caso os sintomas não passem. 

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