Belo Horizonte iniciou nesta segunda-feira (8) sua segunda etapa de flexibilização do comércio, quando alguns estabelecimentos como lojas de artigos esportivos, calçados e bebidas puderam voltar a abrir as portas.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo de Souza e Silva, num primeiro momento, esse novo passo dado rumo à reabertura total do setor na cidade foi positivo. "Eu considerei bem positivo. Tanto os consumidores quanto os lojistas ficaram satisfeitos. Todo mundo falou que a procura foi boa, mas não foi aquela grande venda, apenas uma movimentação boa. Tive contato com lojistas do Hipercentro, Barreiro, Padre Eustáquio, Guarani e Alípio de Melo, e, no geral, está sendo muito bom", afirmou.
De acordo com ele, ficou evidente que a população, de um modo geral, está contribuindo para evitar a transmissão do coronavírus. "Na sua maioria, todos estão seguindo as regras de uso de máscara, não aglomeração e higiene das lojas e pessoal. As vendas aconteceram de maneira moderada, mas de forma boa para quem estava sem faturamento nenhum", completou.
Para Marcelo, o próximo passo é abrir conversas com setores ainda fechados. "A PBH precisa aprofundar nas conversas, buscando pelo menos uma projeção e uma previsibilidade de reabertura desses locais. Nós estamos muito preocupados, por exemplo, com a região do Barro Preto, por causa do setor de vestuário. Ainda tem que ouvir as atividades que estão faltando, mas que não impactam tanto na movimentação de pessoas", disse.
Segundo a prefeitura (PBH), com esta fase, o percentual de estabelecimentos aptos a funcionar capital atingiu aproximadamente 91,9%. Atualmente, cerca de 825 mil pessoas trabalham no comércio na cidade, mas cerca de 72 mil ainda não podem voltar ao serviço devido às determinações impostas como medida para conter a doença.
Casos
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira (8), Belo Horizonte tem, atualmente, 2.514 casos confirmados de Covid-19 e 59 mortes em decorrência da infecção, sendo a cidade mais afetada pela doença em Minas Gerais.