Em assembleia geral realizada nesta segunda-feira (4) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), os servidores de estado da Saúde decidiram entrar em greve geral a partir da próxima quinta-feira (7). A principal reivindicação da categoria é a isonomia de tratamento com o setor da Segurança.

Segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), o governo afirmou que reconhece as perdas salarias de 28,82% dos servidores da Segurança, e se comprometeu a recompor.

Após a última assembleia geral, que foi realizada no dia 21 de outubro, o governo sinalizou que faria o reajuste nos termos da Segurança Pública, mas nenhum comunicado oficial foi feito, segundo o sindicato.

De acordo com Renato Barros, diretor do Sind-Saúde, o sindicato aguardou respostas do governo até o início da assembleia desta segunda-feira, mas a única resposta que deram foi marcar uma reunião na Cidade Administrativa para o dia 7 de novembro. “Esperamos diálogo com o governo. Mas nada nos foi repassado até agora. É muito grave a forma que o governo está tratando a Saúde", disse.

Trabalhadores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fundação Ezequiel Dias (Funed), Hemominas, Escola de Saúde Pública (ESP), Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) participaram da assembleia e concordam com as reivindicações.

“Essa luta é coletiva! Esse sindicato terá responsabilidade com a decisão dos trabalhadores. Devemos estar unidos, pois esse governo não está dialogando com trabalhador, está tomando decisões e depois comunicando. Isso é inadmissível”, alegou Neuza Freitas, também diretora do Sind-Saúde.

O Sind-Saúde acredita que este é o melhor momento para que o governo estadual apresente uma proposta que contemple os servidores da categoria, e diminuindo a defasagem salarial.

A greve

Às 10h da próxima quinta-feira (7), os servidores farão um ato em frente o Hospital João XXIII, no Centro de Belo Horizonte. Às 15h, terá uma vigília no prédio Gerais da Cidade Administrativa, onde ocorrerá a reunião com o governo. A greve será por tempo indeterminado, segundo o sindicato.

Outras reinvindicações

Além da isonomia de tratamento com relação ao setor da Segurança os servidores da Saúde querem a revogação do decreto das Organizações Sociais (OS) e a extensão da Gratificação por Atividade de Gestão da Saúde (Gage) para todos os trabalhadores da SES.

Resposta

A reportagem solicitou um posicionamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) sobre as reinvindicações e reclamações do sindicato da categoria. Em resposta, a SES ingormou que o governo tem recebido o sindicato sempre que solicitado. Assim, está prevista uma reunião entre a entidade e o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Otto Levy, na quinta-feira (7), para tratar a respeito da pauta da assembleia.

Atualizada em 5 de novembro, às 10h05.