Servidores estaduais da saúde em Minas Gerais ocupam a portaria do prédio da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), no bairro Santa Efigênia, desde a tarde desta quarta-feira (20). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, aumento salarial e diminuição da jornada semanal de trabalho, de 40 para 30 horas. A intenção do grupo é dormir no local.
“O governo apresentou uma proposta, na semana passada, de incorporação de uma gratificação completar que já levamos para a aposentadoria, e que na verdade não representa ganho nenhum para os trabalhadores. Além disso, essa proposta exclui alguns trabalhadores”, afirmou a diretora Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Lúcia Barcellos.
De acordo com a assessoria do sindicato, a gratificação é de 50%, sendo que a metade seria recebida em fevereiro de 2014 e o restante em 2015.
A estratégia de acampar na administração da Fhemig veio após a realização de uma assembleia geral dos trabalhadores da saúde, que aconteceu na manhã desta quarta-feira, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Durante a assembleia, os cerca de 400 trabalhadores presentes rejeitaram a proposta inicial de incorporação gradual da gratificação complementar nos salários feita pelo governo. “Só sairemos daqui mediante uma negociação por parte do governo”, afirmou Lúcia.
Cerca de 30 pessoas, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, de laboratório, de raio X e administrativos participam do acampamento.
Resposta
Segundo a assessoria de imprensa do governo de Minas, foi aberta uma possibilidade de diálogo com os manifestantes no fim da tarde desta quarta-feira, por meio da diretoria da Fhemig. Contudo, o grupo acampado recusou conversar, alegando que queria tratar com um outro representante do governo.
Por meio de nota enviada à imprensa na noite desta quarta, o governo informou que "não vê motivos para as novas manifestações de entidades que representam os servidores da Saúde, realizadas nesta quarta, porque já atendeu a diversas reivindicações apresentadas pela categoria".
Além disso, o governo esclareceu que irá analisar as demandas dos servidores, mas informou que já atenderam as reivindicações da categoria, apesar de os representantes da Fhemig denunciarem que no momento da assinatura da proposta, o governo acrescentou duas cláusulas que não foram previamente estabelecidas: a proibição da greve até o final de 2014 e o corte dos dias paralisados.