Educação

Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais cobra diálogo com o governo

Sem sinalização do poder público, algumas instituições têm elaborado autonomamente regras para o retorno dos estudantes

Por Rodrigo Freitas
Publicado em 20 de junho de 2020 | 09:49
 
 
 
normal

Com escolas particulares montando, por conta própria, protocolos de retomadas de aulas presenciais em Minas, o sindicato que representa a categoria cobra diálogo com os governos. Sem sinalização do poder público, algumas instituições - sobretudo as do ensino infantil - têm elaborado autonomamente regras para o retorno dos estudantes.

A situação, entrentanto, gera preocupação no Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG). Em entrevista neste sábado à rádio Super 91.7 FM, a presidente da agremiação, Zuleica Reis, reclamou de falta de diálogo e regras claras por parte do governo do Estado e da Prefeitura de Belo Horizonte.

Ela afirmou que as escolas receberam em 15 de março uma determinação para fechar as portas, o que ocorreu no dia 18 daquele mês. Após isso, afirmou a presidente do Sinep/MG, nunca mais houve diálogo. "Depois do dia 15, nunca mais a gente foi chamado para nenhuma reunião com o governo do Estado. E, no comitê do município (de Belo Horizonte), nós nunca fomos chamados. Não estamos querendo intervir ou forçar nada, mas precisamos orientar as escolas", reclama Zuleica.

"Para ter acesso às informações, a gente precisa participar. É isso que o sindicato vem pedindo. Nós não estamos querendo forçar nada. A gente sabe da questão da calamidade e da saúde, mas é preciso que a gente esteja próximo aos comitês porque quando nos foi pedido para fechar as escolas no dia 15 de março, fomos chamados para essa reunião. Nos reunimos num domingo e fechamos numa quarta. Foi um movimento brusco que trouxe muitas consequências para as escolas", salientou a presidente do Sinep/MG.

Zuleica afirmou que a situação das escolas infantis é pior porque não há possibilidade de teleaulas, como ocorre nos ensinos fundamental e médio. Ela afirmou que as escolas estão se virando como podem para reduzir custos e demitindo apenas em último caso.

"É difícil tratar do que é público e do que é privado ao mesmo tempo porque o privado sobrevive da mensalidade escolar. O negócio da escola particular é o contrato que se firma para a prestação de serviços", destacou a representante das escolas.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!