Rompimento da barragem

Sismógrafos captaram enxurrada de rejeitos a 100 km de distância

Especialistas descartaram a hipótese de que o colapso da barragem esteja relacionado a algum tremor de terra na região

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de janeiro de 2019 | 16:21
 
 
 
normal

A tragédia de Brumadinho foi tão intensa que pode ser captada por sismógrafos localizados a 100 km de distância da barragem I da mina do Córrego do Feijão, que entrou em colapso na última sexta-feira (25), matando pelo menos 60 pessoas. 

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, o escoamento da lama foi registrado por sismógrafos em Bom Sucesso e Diamantina, em Minas. A enxurrada foi registrada por aproximadamente cinco minutos após o rompimento da barragem, segundo apontaram os aparelhos.

O Centro de Sismologia descartou completamente a hipótese de que o colapso da barragem esteja relacionado a algum tremor de terra na região. "Não há nenhuma evidência ou registro de tremor de terra natural na região da Mina do Córrego do Feijão, da Vale. Nem em dias anteriores. O último tremor registrado em MG ocorreu próximo à cidade de Januária, no dia 21 de janeiro, com magnitude de 2.7. Ele foi muito fraco e está muito distante para ter qualquer influência na barragem", informaram os especialistas no site do centro. "Mesmo que estivessem ocorrendo tremores, eles precisariam estar exatamente embaixo da barragem para ter algum efeito perceptível".

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!