Alívio e felicidade. Esses são os sentimentos descritos pela advogada Izabella Helena Miranda, de 36 anos, após o suspeito de assassinar a irmã dela, Alef de Souza, de 29 anos, ter sido preso pela Interpol na Costa Rica, neste domingo (13 de agosto). A informação foi confirmada pela família da vítima.

“Eu faço uma oração todos os dias às 18h. Na hora que terminei, recebi a notícia da polícia de que ele havia sido preso. É uma sensação maravilhosa ver isso acontecer. Houve muito empenho da Polícia Civil e da Interpol. Em abril de 2022, ele tentou matar uma mulher em São Paulo e, neste ano, infelizmente ele conseguiu consumar um feminicídio. Que a justiça seja feita”, diz ela.

O crime contra a irmã de Izabella, Rafaella Cristina Miranda, foi cometido em abril deste ano, em Ipatinga, no Vale do Aço. A vítima, de 34 anos, era namorada do suspeito e foi morta dentro da própria casa. Na noite do assassinato, o homem entrou em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e afirmou que a mulher havia perdido a vida ao injetar cocaína no corpo.

As investigações, porém, mostraram algo diferente. Conforme apurações da Polícia Civil, Rafaella foi morta pelo homem. Primeiramente, ela teria sido estrangulada. Depois, o suspeito teria injetado cocaína na vítima ainda viva. O procedimento provocou uma intoxicação aguda, rompendo vasos cerebrais, resultando na morte de Rafaella.

A mulher foi encontrada pelos socorristas dentro do imóvel aberto, caída perto do sofá. Os policiais ainda perceberam respingos de sangue e sinais de luta em vários cômodos. 

“Agora, que a justiça seja feita, pelos familiares, pelos amigos, para que o crime não fique impune. É isso o que a gente espera”, diz Izabella.

Com Alice Brito