Familiares e amigos das vítimas do rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, realizam um ato em homenagem a elas neste sábado (25), quando a tragédia completa quatro meses. O desastre deixou 241 mortos, e outras 29 pessoas permanecem desaparecidas.
"Viemos lembrar das vítimas e protestar contra a maneira brutal como elas foram levadas da gente. Queremos reivindicar que todas as pessoas desaparecidas sejam encontradas e que a justiça seja feita e os responsáveis não saiam dessa impunes", diz a fisioterapeuta Jéssica Evelyn Soares Silva, de 28 anos, que perdeu o irmão, Francis Erick Soares Silva, e o primo, Luís Paulo Caetano, na tragédia.
O ato terá um momento de apresentação de canções e uma chamada, com os nomes de todas as pessoas que ainda não foram localizadas. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também serão homenageados.
"É uma forma de cobrar e fazer com que Brumadinho não caia no esquecimento", afirma Jéssica. "Ainda estamos sem chão, tentando seguir adiante por eles, mas é difícil ter forças para continuar", lamenta.
As buscas pelas vítimas seguem em Brumadinho, na maior operação de resgate já realizada no país. Neste 121º dia de trabalho, 151 bombeiros militares atuam no local, com o apoio de três cães, em 22 frentes de trabalho.