A substituição das companhias de polícia militar por vans que funcionarão como bases de segurança deve acontecer apenas em dezembro desse ano, quatro meses após a primeira data anunciada pelo governo de Minas Gerais.

A informação é da moradora e líder do bairro Padre Eustáquio, Vanessa Regina Freitas. “A PM nos deu essa informação e garantiu que antes das companhias serem desativadas, as bases serão testadas. E afirmou que esses testes acontecerão até o fim do ano”, contou.

De acordo com major Flávio Santiago primeiramente serão feitas as instalações das bases para depois, começar a centralização das companhias que estão em estudo. “As bases já estão sendo direcionadas aos quartéis. A data do lançamento ainda não está definida, mas passivamente será no final deste mês”, afirmou.

Na manhã deste sábado moradores do bairro Padre Eustáquio, região noroeste da capital, manifestaram contra o fechamento da 9ª companhia que atende a população local. Segundo Vanessa, a justificativa da polícia militar para fechar as companhias de polícia, é de que elas estão sucateadas, mal localizadas e sem condições de trabalho para os policiais militares.

Ela afirma que esse não é o caso da 9ª companhia. “A 9ª está muito bem localizada, tem plena condição de uso pois, foi construída com esse propósito. Os policiais têm toda condição de trabalho e além do que o imóvel pertence ao Estado, não gera nem despesa com aluguel”, argumentou.

Outra questão que está sendo levantada é a falta de diálogo com a comunidade. De acordo com o coordenador do movimento de associações de moradores de Belo Horizonte, Fernando Santana, foi definida a constituição de uma comissão, com a partição de representantes das comunidades para acompanhamento do projeto.

“Com essa comissão, poderemos avaliar o desempenho das bases e avaliar os resultados, assim poderemos concluir pelo fechamento ou não das cias”, contou.

A constituição da comissão foi tratada nas audiências públicas da Câmara Municipal de Belo Horizonte e da ALMG, ambas no último mês de julho, mas de acordo com Frenando, até o momento não ninguém do movimento foi solicitado para definir sua composição.