A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou nesta quinta-feira (19), por meio de nota, que apesar de o Governo Federal ter indicado que o fluxo de repasses voltará ao normal a partir deste mês, não há indicação de que o déficit acumulado de R$ 30 milhões no fim do ano passado será compensado, fazendo com que os gastos instituição se mantenham reduzidos por enquanto.

Com a aprovação da Lei do Orçamento Anual, pelo Congresso, no último dia 17, a verba mensal enviada pela União voltou ao ritmo de 1/12 ao mês – no início do ano foi reduzido a 1/18 avos (que representou um corte de 33%). Porém, segundo a instituição, a regularização não significa uma retomada imediata do ritmo normal das atividades.

Para minimizar os impactos causados pelos cortes, o Reitorado suspendeu pagamentos de contas de água e luz, adiou investimentos e priorizou pagamentos de bolsas e execução de projetos acadêmicos. “Como há compromissos atrasados a serem saldados nos próximos meses, a disponibilidade financeira para custeio em 2015 se mantém reduzida”, informou a nota.

Um grupo de estudantes levou cartazes para o restaurante universitário, também nesta quinta-feira, para protestar contra o corte orçamentário. Segundo a organizadora Juliana Rocha, 25, o manifesto é para denunciar a demissão de 600 funcionários e o corte de bolsas. “Não existe garantia alguma de que a verba virá e de que não vai haver excessivos cortes”, destacou.

Conforme Juliana, uma nova manifestação está marcada para o próxima sexta-feira (26).