A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) obteve nota máxima em uma avaliação nacional que mede a qualidade dos cursos de mais de 2.000 instituições de ensino superior do Brasil.
O resultado do estudo foi divulgado anteontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.
Das 2.052 instituições públicas e privadas analisadas no ano passado, 42 atingiram a nota 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). Entre as instituições públicas, as universidades federais de Lavras (UFLA) e de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, também obtiveram nota máxima.
A Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje) foi a única privada em Minas a obter nota 5.
Para a reitora da UFMG, Sandra Goulart, o resultado positivo da avaliação pode ser atribuído ao trabalho que é desenvolvido ao longo dos anos. “A UFMG é um patrimônio de Minas Gerais e do Brasil.
O trabalho vai além do de formar pessoas: é ensino, pesquisa, extensão. É um trabalho sério feito por pessoas competentes”, disse.
A avaliação também mede a qualidade das instituições pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC).
Na UFMG, foram avaliados os cursos de administração, ciências contábeis, ciências econômicas, comunicação social com habilitação em jornalismo, comunicação social com habilitação em publicidade e propaganda, design, direito, gestão pública, psicologia, relações econômicas internacionais e turismo.
Nessa avaliação, três cursos ficaram acima da média. Design, que, em 2015, obteve nota 3, foi avaliado com a nota 4 no ano passado. Os cursos de comunicação social com habilitação em jornalismo e em publicidade propaganda, que foram avaliados pela primeira vez em 2018, também ficaram com nota 4.
“Trata-se de cursos novos, que temos dedicado muita atenção. Investimos nesses para que eles pudessem chegar à qualidade dos outros”, explicou a reitora.
Desafios
A UFMG, como outras instituições de ensino do país, sofreu com os atrasos nos repasses do governo federal para a manutenção das atividades. Em abril deste ano, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, acusou as universidades de estarem promovendo “balbúrdia” e ameaçou reduzir 30% da verba repassada.
“Não se faz um país sem investimento em ensino. Provamos a todo momento que somos referência e vamos continuar trabalhando para ser a melhor”, declarou Sandra.
Cálculos e avaliações de qualidade