Dois dias após a paralisação de profissionais da saúde no Hemocentro de Belo Horizonte, na região Centro-Sul da capital, para cobrar a vacinação de funcionários da unidade, a Fundação Hemominas informou que a imunização contra o coronavírus para servidores está prevista para começar nos próximos dias, entre sexta-feira (5) e segunda-feira (8). A principal reclamação do grupo de manifestantes era que funcionários de unidades de outras localidades de Minas Gerais, como Patos de Minas, no Alto Paranaíba, e Uberlândia, no Triângulo, já haviam sido submetidos às campanhas de imunização municipais.
Em nota à reportagem, a Fundação esclareceu que todos os servidores lotados em Belo Horizonte serão vacinados e que, até a tarde de quinta-feira (4), haviam sido disponibilizadas 543 doses do imunizante contra a Covid-19. Inicialmente, foi informado que a vacinação iniciará pelos servidores presenciais da área finalística do Hemominas, e, que, portanto, estão mais expostos ao risco de contágio – entre eles incluem-se os funcionários do laboratório onde são feitos os testes de coronavírus e aqueles que atuam no ambulatório do Hemocentro.
Manifestação
À manhã de terça-feira (2), profissionais de saúde do Hemocentro reuniram-se à porta da unidade na Alameda Ezequiel Dias, no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para protestar pela imunização. Eles prometeram que fariam protestos diários até que fossem vacinados. Àquele dia, a Fundação Hemominas declarou que o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, já havia assinado decreto liberando as doses para trabalhadores da unidade. O órgão, aliás, confirmou que já havia liberado as doses observando a quantidade de funcionários lotados na linha de frente.
Contaminação
Questionado, o Hemominas declarou que 87 servidores foram diagnosticados com a Covid-19 no transcorrer da pandemia, todos tendo sido afastados do serviço. De acordo com a instituição, não houve registros de funcionários trabalhando infectados.